Um leitor do blog
me enviou a imagem abaixo digitalizada de uma antiga “A Liahona”. O pequeno artigo é tendencioso e não transmite a verdade. É sobre o
batismo de uma senhora que dizia ter 110 anos de idade. Lembro bem deste
batismo e destes dois missionários. Eu acompanhei o trabalho deles com esta
senhora. Hoje resolvi falar sobre este assunto. Minha visão sobre o trabalho
missionário é completamente diferente do que eu tinha naquela época. Percebo a
total falta de responsabilidade destes dois jovens que, de forma
despretensiosa, pensavam que estavam ensinando algo de valor para uma anciã, enferma há
meses numa cama, nos seus últimos dias de vida.
Esta mulher estava acamada
fazia muito tempo. Aí apareceram esses missionários, batendo de porta em porta,
em busca de algum batismo para o não menos despretensioso “reino de Deus”, a Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ou será que seria o pretensioso “reino de Deus?” Cada um julgue como quiser. Ao baterem na porta da casa da
Dona Emídia de Lima Gonçalves foram recebidos por sua filha que os atendeu
prontamente, lhes apresentando sua mãe.
Demoraram mais ou
menos uma semana entre as palestras e o dia do batismo. Lembro-me disso, pois
em algumas ocasiões eu acompanhei estes missionários nas palestras na casa da
anciã.
Naquela época tinha
duas duplas de missionários trabalhando aqui em Curitibanos. Três americanos e
um brasileiro. Eles almoçavam em minha casa toda semana. O Ramo era bem
pequeno, com cerca de 30 pessoas de frequência. Foram escolhidas seis famílias
para darem almoço aos jovens missionários semanalmente. Então, num determinado
dia, por exemplo, sempre nas Quartas-feiras eles almoçavam lá em casa. Um dia
eles nos surpreenderam e apareceram em oito missionários. Acho que os
missionários não se tocavam mesmo que isso pesava para as famílias de membros.
Éramos poucas famílias que os alimentavam e eles se valiam disso, sem se
questionarem se poderiam se valer da bondade e hospitalidade dessas famílias
para alimentar mais missionários que nem eram do Ramo Curitibanos.
O dia estava
nublado e frio! Um dia típico da serra catarinense. Eu fui encarregado de ir
buscar a pobre velhinha em sua casa. Ela já não caminhava mais há tempos. Foram comigo dois missionários. Um deles, Elder Gibson a trouxe no colo e a
colocou dentro do carro, no banco trazeiro. Para sair do carro, foi a mesma
situação, ele a carregou até a capela e a entregou às mulheres da Sociedade de
Socorro para a vestirem e a prepararem para o batismo.
A água estava
quente! A capela tinha um sistema a gás de aquecimento de água para a pia
batismal. Entraram quatro missionários na pia e batizaram a pobre velhinha, que
quase morreu afogada com o mergulho forçado por estes jovens mais fortes que
ela.
Uma ex-missionária
que era membro do Ramo ficou chocada com a decisão dos missionários de
batizarem uma mulher tão frágil e enferma. Ela até comentou comigo. “Será que não poderiam deixa-la morrer e
batizá-la posteriormente no templo?”
Na ocasião, eu não
entendia. Não sabia da meta desesperada dos missionários por números de
batismos. Não entendia e acho que nem eles mesmos entendiam essa paranoia missionária
do mormonismo. Por isso falei que a forma dos missionários agirem era despretensiosa.
O que aquela pobre
anciã que não demorou muito a falecer poderia agregar ao mormonismo? Nem dízimos
ela nunca pagou. Tenho certeza absoluta que, na sua humildade e pobreza de
entendimento, ela não conseguiu absorver nada do que lhe foi ensinado pelos
missionários. Ela não sabia ler direito.
Ao escrever sobre
esses acontecimentos, eu me questiono: Será que essas loucuras ainda existem em
nossos dias? Estes jovens poderiam ter matado esta senhora na frente de muitas
pessoas. Quem seria o responsável? O Presidente do Ramo? Os missionários? Três
americanos e um brasileiro? O Presidente da Missão?
Depois deste
batismo, a saúde desta velhota só piorou e ela não tardou a falecer. Não antes
de uma visita ilustre do senhor Helvécio Martins, então um membro do Segundo Quórum
dos Setenta. Ele esteve por aqui, para uma Conferencia de Distrito e resolveu visita-lá, depois de ler na revista “A Liahona”
sobre o “feito” dos missionários.
(Via Email)!
ResponderExcluirPARABENS CARA.....VC TEM FEITO UM TRABALHO MARAVILHOSO,ESSA GENTE, ESSA RELIGIAO FOI UM ATRASO NA MINHA VIDA.
FERNANDA
E tem coisas muito piores na "obra missionária" mórmon.
ResponderExcluirTem mesmo, fui sister e minha companheira batizou uma senhorinha quase da mesma forma, muito velha tinha a mentalidade de uma criança, mal andava me lembro como se fosse hoje que foi bem constrangedor ela na água, missionário faz isso e coisa pior mas por pressão o importa é números para estes americanos DOENTES!
Excluir(Via Facebook)!
ResponderExcluirEdson Lazarini
Observamos que o mormonismo sempre se inicia em regiões onde existe insatisfação religiosa. Atualmente não sei como está indo a obra missionária mórmon, mas pelos comentários que ouço e pelo que leio, eles tem algum sucesso batizando crianças carentes, ou crianças sem a família toda ser batizada (o que seria uma contradição, porque a igreja mórmon visa a união familiar e não a divisão), ou de pessoas bem humildes e carentes (pobres) e sem instrução escolar. Essas permanecem pouquíssimo tempo na igreja, talvez uma ou máximo duas reuniões (geralmente a primeira reunião que um pesquisador vai é a do batismo sequente às reuniões, e a segunda é a reunião onde são confirmados membros). Em regiões mais politizadas e instruidas e grandes centros eles tem dificuldades em convencer e muito mais batizar, porque o conhecimento está disseminado pela internet do quem são realmente os mórmons, pelo passado (poligamia, citações racistas, etc) e pelas coisas que não ensinam completamente aos pesquisadores. Isso é o que penso!
A Liahona é a revista mais falsa do mundo, tudo ali é distorcido e idealizado.
ResponderExcluirQualquer coisa é considerado "um exemplo de fé".
Nem uma criança acredita na Liahona
(Via Facebook)!
ResponderExcluirOlavo Dos Santos Martins
Antonio Carlos, eu também conheci uma senhora com estas características que você aponta no seu blog sobre os batismos em Curitibanos. Ela já não caminhava mais e tinha mais de 90 anos. No dia de seu batismo, tiveram que aquecer a água e colocar dois sacos plásticos nos seus pés. Ela teve que segurada por um Élder que a mergulhou como se ela fosse um bebê. São realmente um drama esses batismos de idosos descapacitados...
(Via Facebook)!
ResponderExcluirOlavo Dos Santos Martins
Continuando um pouco os meus comentários, quero parabenizá-lo também pelo seu livro "A Maior de Todas as Ilusões". Muito bem escrito e fidedigno, pra investigador nenhum botar defeito, especialmente pela bibliografia totalmente extraída dos próprios livros da igreja. Somente a dissonãncia cognitiva poderá impedir que um mórmon sincero comece a investigar melhor a sua fé...
(Via Facebook)!
ResponderExcluirOlavo Dos Santos Martins
E, nós temos semelhanças em nossas histórias de vida. Ambos fomos católicos praticantes que descobriram a falácia do catolicismo. E, só entramos no mormonismo por não conhecermos a Biblia Sagrada em profundidade. Agora entendo porque os evangélicos rechaçam o mormonismo tão veementemente. Eles chegam a humilhar os missionários com o seu conhecimeto bíblico.
(Via Facebook)!
ResponderExcluirEdson Lazarini
Observamos que o mormonismo sempre se inicia em regiões onde existe insatisfação religiosa. Atualmente não sei como está indo a obra missionária mórmon, mas pelos comentários que ouço e pelo que leio, eles tem algum sucesso batizando crianças carentes, ou crianças sem a família toda ser batizada (o que seria uma contradição, porque a igreja mórmon visa a união familiar e não a divisão), ou de pessoas bem humildes e carentes (pobres) e sem instrução escolar. Essas permanecem pouquíssimo tempo na igreja, talvez uma ou máximo duas reuniões (geralmente a primeira reunião que um pesquisador vai é a do batismo sequente às reuniões, e a segunda é a reunião onde são confirmados membros). Em regiões mais politizadas e instruidas e grandes centros eles tem dificuldades em convencer e muito mais batizar, porque o conhecimento está disseminado pela internet do quem são realmente os mórmons, pelo passado (poligamia, citações racistas, etc) e pelas coisas que não ensinam completamente aos pesquisadores. Isso é o que penso!
Caro Olavo, o protestantismo não passa de um amontuado de doutrinas contraditórias devido a interpletação da Biblia a bel prazer. É como um cachorro correndo atras do proprio rabo. Podemos ver que a reforma começou a mais de 500 anos e ainda não terminou.
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