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quarta-feira, 12 de julho de 2017

CONFIANÇA EXAGERADA NOS MEMBROS


Hoje, escrevo-lhes um pouco sobre os cotidianos relacionamentos de confiança entre os membros da organização “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Os Mórmons! Alguns até acharão meus escritos besteira, principalmente, os “Santos dos Últimos Dias”. Mas eu sei, e sei também, que os ex-Mórmons que lerem essas minhas linhas entenderão.
No meio dos membros da igreja Mórmon surge uma espécie de tola e boba afetividade e afinidade. Naquele meio, muitas vezes, somente porque uma pessoa é membro da igreja Mórmon, significa que “ela é de total confiança” de outro membro. Mas não é! Até mesmo os missionários homens e sísteres não são de confiança.
Eu tive três filhas. Cresceram dentro da doutrina da Igreja Mórmon até as suas juventudes. Conviveram em nossa casa e também dentro da igreja com missionários homens (Élderes). Eu, quando era plenamente ativo, fui um tolo. Era cego para qualquer ato que pudesse desmoralizar, ou descaracterizar as pretensas boas índoles dos jovens missionários Mórmons. Eu deixava-os entrarem e fazerem o que queriam em nosso lar.
Quantas vezes, esses missionários brincaram com minhas filhas e eu não os vigiei? Foram muitas! Felizmente, eu não posso e não tenho nenhum conhecimento de que houve algum desrespeito, algo que pudesse ter causado algum trauma em alguma das minhas filhas resultantes de brincadeiras com missionários homens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Infelizmente, não é isso que eu tenho presenciado em depoimentos nas redes sociais. Só pelo fato de uma pessoa ser membro da igreja Mórmon não o torna melhor do que ninguém. Quantos relatos de assédios são escondidos pelas vítimas? Quantos são abafados pelos líderes? Quantos desrespeitos são omitidos?
Uma vez, eu fiz uma besteira de que nunca esquecerei. Passou pela Ala Curitibanos um jovem que estava em viagem para uma cidade do interior da Bahia. Ora, nós moramos em Santa Catarina, no sul do Brasil. Esse rapaz apareceu na nossa Ala num domingo, dizendo ser membro da Igreja da Bahia. Ele contou-nos uma história qualquer, que não lembro agora direito. Mas em resumo: Ele era trabalhador de uma empresa de construções e estava deslocado ao sul do Brasil sozinho, longe de sua família.
Ao aparecer na nossa Ala, identificando-se como membro da igreja Mórmon, com um exemplar do Livro de Mórmon em suas mãos, pediu-me ajuda financeira para a passagem até a Bahia. Eu prometi ajudar-lhe com um pouco do trajeto. Comprei uma passagem de ônibus até a cidade de São Paulo. De São Paulo para frente ele teria que se virar. Então, após a reunião sacramental, levei esse rapaz até a minha casa, onde almoçamos todos juntos. Eu nem ao menos o conhecia. Levei-o para dentro da minha casa somente “porque era membro da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.” Um absurdo!
Parece que criamos uma barreira na nossa racionalidade. Não enxergamos os perigos que corremos quando estamos envolvidos com uma crença. No meu caso, o mormonismo. Que fique o alerta a todos os membros da Igreja.

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