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terça-feira, 24 de julho de 2012

AMOR E RELIGIÃO!


Olá, Sr. Antônio Carlos. Me chamo (homem católico solteiro) e atualmente namoro uma mulher Mórmon. Entenda, ela foi criada na religião por causa de sua família, e até onde sei, é um bocado ativa na igreja. Sou católico praticante (...). No entanto, por causa de nosso relacionamento (que é excelente), nunca entramos em um debate sobre a religião dela, e penso que seria complicado também. Argumentar com os pais dela seria talvez impossível.
A questão é que ela sempre exibiu trejeitos Mórmons: evitar determinados lugares, não consumir determinadas bebidas, se vestir de uma determinada maneira, etc... Muitas coisas eu acredito que ela mudou, principalmente por causa de nosso relacionamento e minha opinião, mas sei que também devo respeitar o que ela acredita. Porém, não sou leigo quanto ao Mormonismo e conheço as falhas dessa doutrina, um verdadeiro absurdo para mim. Como católico, é uma grande piada de mal gosto com a Santa Igreja dos Apóstolos e de Cristo. Alguns amigos protestantes são mais radicas, desprezam a IJCSUD com fervor.
Gostaria de saber sua opinião, já que pertenceu à esta seita. Apenas isso, venho de uma forma amigável compartilhar esse "drama" (um pouco de exagero aqui) que vivo há algum tempo, sempre pensando em como será o primeiro embate entre nós, uma discussão acerca das bobagens em que ela infelizmente acredita. Mantenho-me irredutível em minha fé: a Verdade sempre permanece imutável e nos apoia perante decisões difíceis.
Desde já agradeço com um tríplice fraterno abraço,
Homem Católico Solteiro

Minha resposta!

Homem Católico Solteiro!
Realmente, uma coisa eu tenho que concordar com o Edir Macedo. Religião divide as pessoas! Divide em grupos, que muitas vezes possuem pessoas que se apaixonam por pessoas de outros grupos. É muito difícil uma delas convencer a outra de que "A" é a certa e "B" é a errada. Isso acontece principalmente porque o argumentador que está com a palavra, sempre vai defender a sua fé com toda a energia. Quando a palavra passa para o outro lado, também haverá a tendência de defesa da fé contrária com toda a energia oposta. O que tenho presenciado nestes anos de vida é que quando um dos dois cônjuges é menos convertido, há uma maior facilidade de convencimento pelo lado mais determinante ou mais fervoroso. No seu caso, você precisa investigar até que ponto esta sua namorada é “firme” nos ensinamentos da doutrina Mórmon. Se ela não for muito convertida, você poderá ter mais chances de convencimento. Caso ela seja bem convertida ao mormonismo, eu prevejo que vocês terão problemas no tocante ao exercício das religiões em questão.
Caso haja realmente amor entre vocês dois, o certo é que ambos possam ceder um pouco, baixar o topete e se humilharem um ao outro. Quem te disse que o catolicismo é a Igreja verdadeira? E quem disse à sua namorada que o mormonismo é a igreja verdadeira? Foram pessoas que os antecederam, talvez seus pais ou avós. Para vocês dois, cada uma das igrejas que seguem é a certa, mas para mim ou a maioria dos leitores deste blog, nenhuma das duas é a certa. Milhões de pessoas já perderam suas vidas nesta terra defendendo suas crenças. Muitos amores foram destruídos por causa de convicções que não levaram a ligar nenhum. Acho que o amor deve sempre prevaler. Nunca fira a pessoa amada por causa de sua religião. Hoje pensamos de uma maneira e amanhã poderemos pensar completamente diferente. No passado eu era católico, num passado mais recente eu era Mórmon e agora não aceito nenhuma das duas doutrinas como certas. Nossas convicções mudam conforme evoluímos (não sou espírita). Tente sempre ser gentil com ela e com a família dela. Continue estudando e se aperfeiçoando. A vida é um escola. Não seja injusto a ponto de perder um grande amor por causa de convicções que herdou de seus pais ou antepassados. Saiba por você mesmo as respostas.
Boa sorte e sucesso nesse relacionamento!
Antonio Carlos Popinhaki

Um comentário:

  1. (Via email)!

    Resposta do autor da Carta!

    Eu entendo seu ponto e sua resposta foi algo esperado. Peço que não se ofenda com o que acabei de dizer, mas é que também penso assim. Também entendo seu ponto de vista sobre cada um achar o que acredita correto, e concordo com ele. Mas, no que tange as religiões cristãs, se me permite ser mais claro, o catolicismo é sem dúvidas a escolha mais acertada. Se quiser, estou à disposição para quaisquer dúvidas, principalmente sobre temas polêmicos como Inquisição e Cruzadas. Tenho certeza que ao menos posso esclarecer algumas coisas, mas sei que sua escolha de não pertencer a nenhuma religião é provavelmente muito firme.

    Quanto ao meu problema, é bem por aí. Minha sorte é que ela está numa universidade, local onde somos obrigados a abrir o leque de pensamentos e conceitos. No entanto, como reagirá aos embates é um grande mistério.

    Obrigado pela resposta e continue com o blog. Ainda que possa não acreditar, creio que você é realmente iluminado pelo Espírito Santo e faz um trabalho magnífico. Deus não precisa que seja um crente em alguma religião para amar você e suas atitudes. Saiba que a Santa Igreja também nutre afeição por seu trabalho.

    Deus o abençoe.

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