Uma amiga me falou que está divorciada do marido que é membro da
Igreja. Ela me disse que seu ex-marido, já está no terceiro
casamento. Foi selado no templo com três mulheres diferentes. Falei
para ela, que essa é uma caracterização de poligamia praticada de
forma disfarçada nos templos Mórmons. Para quem não sabe do que
estou falando, é bem simples. No mormonismo, os homens podem ter
várias esposas seladas (casadas) a eles nos Templos. É verdade que
atualmente existem algumas regras adotadas pela liderança dos
Templos SUDs. Uma delas é liberar o selamento após terem a certeza
de que para ocorrer o segundo selamento o homem deve ter se
divorciado da sua primeira esposa ou que ela já tenha falecido. O
que me impressiona é que os selamentos são válidos, segundo a
doutrina Mórmon, para além desta vida. Eles dizem que é para a
vida e a eternidade. Até colocam o casal de frente para dois
espelhos, que refletem outros espelhos nas suas costas, dando a
impressão de um túnel infinito e assustador. O selador (oficiante) pergunta
para um dos cônjuges, se eles vêm fim naqueles reflexos dos
espelhos. Evidentemente a resposta é que não parece ter fim. Então
o selador diz “que assim deve ser vossa união, eterna e sem fim”.
Essa minha amiga disse que a segunda esposa de seu marido não
faleceu e nem consentiu com o selamento dele com a terceira esposa.
Existem muitos membros que mentem ou apresentam documentos
adulterados nos escritórios dos templos, somente para a obtenção do selamento no Templo. Eu
mesmo presenciei alguns casos dessa natureza. Mulheres que iam em
caravanas para o Templo de São Paulo, para realizar ordenanças
(rituais). Chegando lá, elas eram barradas porque precisavam de uma
espécie de autorização do marido ou do ex-marido. Algumas eram
separadas há anos e não tinham mais contato com seus ex-maridos.
Não sei como, mas já vi mais de uma vez. Elas conseguiam realizar
suas ordenanças com ou sem autorização do marido ou do ex-marido.
Estávamos conversando sobre os Templos da Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, quando ela me falou que acha estranho a
construção destes templos aqui no Brasil. As reuniões da Igreja no
Ramo Planaltina (Planaltina/DF) estão sempre vazias. Ela estranha
isso. Falei para ela que o negócio da Igreja Mórmon não é
propriamente a Igreja e sim os lucros provenientes dos negócios
realizados pelas empresas e do conglomerado, bem como rendimentos de
ações na bolsa de valores, valorização de ativos imobilizados, lucros provenientes de transações imobiliárias, entre outras atividades não eclesiasticas. Ela me disse que não muito distante da
sua cidade há uma fazenda da Igreja, com intensa movimentação de
saída de carretas. Ela não soube me dizer o que eles produzem
naquela fazenda. Mas já lhe falaram que o que sai de lá vai para os
Estados Unidos.
Falei para esta minha amiga que a Igreja fabrica os garments e roupas
utilizadas nos templos e que vende aos membros com uma margem de
lucro. Alguns acham que essas roupas são baratas. Outros questionam
e acham caro. Mas uma coisa é certa, se fosse para a igreja vender
apenas pelo custo, já estaria na vantagem. Seria uma espécie de
custo-benefício. O comprador destas roupas é aquele membro que vai
adentrar as portas dos Templos. Para realizar tal proeza, esse membro
deve primeiro pagar o dízimo. Deve estar em dia com esse mandamento
da doutrina Mórmon. Então a Igreja mais arrecada do que
propriamente doa ao membro a tal roupa chamada garment.
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