São
incríveis os líderes da seita Mórmon brighamita (A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias)! Eles conseguem persuadir com maestria a mente dos
jovens rapazes. Nos comentários de uma postagem aqui mesmo no Blog um jovem
membro da seita escreveu: “Temos o livre
arbítrio, ninguém nos influência a nada! Você foi porque quis!”
Os jovens Mórmons são
treinados e ensinados desde a tenra idade nas salas do berçário, depois na
primária e, conforme eles crescem, nas salas dos rapazes e das moças sobre o
trabalho missionário. O mormonismo (dogmas) é inculcado nas suas mentes,
não dando oportunidade para a observação de nenhuma outra doutrina religiosa.
São ensinados que o mormonismo é a única doutrina correta existente e que todas
as demais estão total ou parcialmente erradas.
Quando atingem quase a
idade para servirem de graça e de forma voluntária a missão de tempo integral,
são monitorados continuamente e têm suas intimidades examinadas cuidadosamente
por líderes xeretas. Já vi caso de levarem o rapaz para morar na casa do bispo
poucos meses antes da data para a viagem ao Centro de Treinamento Missionário.
Tudo isso para que o jovem não caia em tentação e cometa algum pecado,
inclusive de cunho sexual como a masturbação, por exemplo.
O jovem sai para o
treinamento relâmpago com a cabeça totalmente lavada, hipnotizado pela
enxurrada de informações que foram colocadas na sua mente. A maioria deles
consegue absorver e suportar a pressão desse treinamento. Mas alguns não
aceitam ou não suportam e acabam voltando precocemente da missão. É verdade que
mesmo os que voltam por qualquer transgressão que lhes foram impostas, mesmo
assim, continuarão aceitando o mormonismo como a “verdade absoluta”. Mesmo
punidos, continuarão até abrirem seus olhos definitivamente para uma realidade
que não conheciam e que fora apresentada a eles como “Apostasia”.
No conceito da palavra,
apostasia é o afastamento da verdade, é dar ouvidos aos sussurros do inimigo,
ou seja, do próprio Diabo. Coitado do Diabo, a ele é atribuído as fraquezas, as
falhas, a capacidade cognitiva de questionar e a dúvida.
Mesmo assim, eu acredito
que todos têm um tempo. Alguns ficam 40 anos tentando viver um hipotético puritanismo
no mormonismo. Alguns abrem os olhos bem no início da vida de converso. O
importante é saber por racionalidade própria que a seita é uma fraude.
Onde está o livre-arbítrio?
Simplesmente no mormonismo não existe isso. Ninguém pode questionar sem ser
tachado de apóstata. Quando eu estava prestes a abandonar a seita, líderes
locais disseram que eu estava possuído pelo espírito de Satanás. Eu fui tachado
de Satanás, de filho do Diabo e de um fraco. Um homem que não tinha a
capacidade de perseverar até o fim. Um homem que desgarrou da barra de ferro. E
uma infindável quantidade de ofensas e alegorias pejorativas e preconceituosas.
Falar em livre-arbítrio no
mormonismo não é nem um pouco subjetivo. É tudo tão ofensivo. Todos se voltam
contra o questionador. Perguntar sobre algum ponto indefinido da doutrina causa
constrangimento. A maioria dos membros não sabe quase nada sobre a seita e sua
origem, então dizem que se trata de uma “doutrina profunda”, que os membros não
necessitam saber todas as coisas. Que devem somente seguir os líderes
cegamente, sem questionar ou pestanejar. Até a maneira como os líderes americanos
se vestem ou cortam suas barbas são copiadas pelos homens. Bigode? Barba? Não é
recomendável, pois as Autoridades Gerais não usam. O terno deve ser de cor
escura e a camisa de cor branca. Tudo semelhante aos líderes. Se por ventura um
deles começar a usar barba longa, todos os homens deverão seguir o exemplo.
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