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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

ESSES HOMENS NÃO SÃO DE DEUS

Texto de Antonio Carlos Popinhaki


Amigos leitores do ‘blog’. Hoje, após certo tempo, escrevo para fazermos uma reflexão sobre os homens que se dizem “de Deus”, simplesmente por possuírem o pseudo sacerdócio divino. Se os homens que estão à frente da Igreja fossem realmente escolhidos e preparados para ocuparem posições de liderança, então, como explicar que numa mísera Ala têm quase mil pessoas registradas e a frequência é menor que 100? Onde está o poder para convencer e reter os membros? Não vale dar a desculpa do “cada um é livre para fazer o que quiser, se quiser ficar na igreja, fica, se quiser ficar fora, fica também”. Ou aquela outra que diz: “larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela (…) estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”. Será que Deus, sendo Deus, não quer que um grande número de filhos encontrem a "sua" verdadeira igreja e siga os seus dogmas? Que Deus é esse do mormonismo que depois de um filho achar a tão difícil porta ou caminho, permite que seus homens escolhidos ou líderes os abandonem à sua própria sorte? Qual o sentido disso?

Quanto mais os anos avançam, mais conhecimento é difundido, mais informações são disponibilizadas a todos os que querem saber o que é de fato o mormonismo. Consequentemente, cada vez mais a tendência é a abertura dos olhos para a razão. Não se pode mais viver numa bolha, num conto de fadas, num imaginário. Agora é o tempo para a racionalização.

O Élder que me batizou, certa vez, depois que eu tinha saída da igreja, depois que ele foi “promovido” a Setenta-Autoridade de Área, me telefonou, me cobrando um possível e hipotético retorno “aos preceitos doutrinários do mormonismo”. Eu disse para ele que a igreja não era verdadeira e que o Deus do mormonismo era falso, simplesmente porque, na maioria das vezes, só chama “picaretas” para a liderança terrena. Disse para ele que conheci homens que nos domingos e nas reuniões da igreja, se passavam por verdadeiros santos, mas que na realidade, eram piores que o próprio diabo. Agiotas, desonestos no tratar com o semelhante em negócios, maus pagadores, velhacos, maus patrões, arrogantes, autoritários, homens sem nenhuma educação, sem condições morais para exercerem cargos eclesiásticos. Esses são os líderes do mormonismo. Esses são os “homens de Deus”. E o pior, esses homens são tão maus que nunca reconhecem seus erros. Nunca se desculpam por nenhum ato, mesmo que seus atos venham a ferir os sentimentos alheios.

Esses homens idolatram os líderes americanos como verdadeiros deuses. Estão sempre de olho numa oportunidade de mandar um filho ou parente para os Estados Unidos como missionário ou para estudarem na Universidade Brigham Young — BYU. Esses homens contagiam os membros que permanecem ativos, de tal forma que a maioria também fica com características más. Não é necessária nenhuma igreja para que um homem ou mulher possa ser moldado, ou moldada para o bem.

Conheço muitas pessoas boas que não seguem igreja ou religião alguma. Eu sempre falei que cada membro da igreja tem o seu próprio tempo, alguns ficam até meio século para abrirem seus olhos para a razão, outros, são acovardados e sentem-se como fracos, preferindo viver iludidos por toda uma vida, mesmo assim, cada um tem o seu tempo. Reconhecendo os erros e saindo de vez desse inferno, ou permanecendo como um covarde e um fraco.

O pior nessa seita maligna é a alienação e a manipulação pelo repetir, isto é, pelas constantes repetições de quase tudo, hinos, rituais, temas de discursos, visitas e palavras. Pensem nisso quando o mormonismo lhes for apresentado. Escrevo estas palavras com propriedade de quem viveu lá dentro e conseguiu abrir os olhos.


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