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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

RACISMO ANOS 80!

Atendendo ao pedido do meu querido Antonio Carlos, vou contar algumas historinhas que vivi na SUD, que eu carinhosamente chamo de "saia urgente e depressa". Bom, a primeira que me lembro é relacionada ao racismo, isso mesmo, à temida "maldiçããããoooo" que pairava sobre os negros. Ainda, pasmem, nos anos 80.
Bem, tudo começou, quando eu fiz uma amiga, aliás, a minha melhor amiga (que não era assim tão santa), mas era uma SUD fiel.
Essa minha amiga é negra, não morena, nem mulata, negra mesmo como sua família, lógico. Aliás, uma linda família, pra mim isso nem contava porque a cor da pele nunca fez diferença nenhuma pra mim. Já para os meus pais, que estavam cada vez mais fanáticos na SUD foi um motivo de preocupação porque a minha amiga "só" tinha uns 4 irmãos e uns 3 primos, coisa boba não é? Para uma mocinha de 17 anos, que "nem pensava em namorar" (rsrsrsrsrsrs, até parece, eu só pensava em namorar!!!), eles (meus pais) ficaram preocupados de surgir algum namorico, isso claro por conta do racismo e da tal "maldição".
Minha mãe, superprotetora, passou a vigiar meus passos. Se eu dizia que ia na casa dessa minha amiga, não dava 15 minutos e lá estava ela me chamando pra ir pra casa!!!  Chegou num ponto que eu tinha que sair escondida, se eu quisesse falar com a minha amiga. Num desses dias, que foi num dia 31 de Dezembro, é claro que eu não ia deixar de desejar um feliz ano novo à minha amiga e sua família né?! Fui escondida, cheguei lá. O primeiro que vi foi um rapaz que era nosso amigo em comum, negro também. Minha reação foi logo dar um abraço de feliz ano novo claro. Só que eu não sabia que minha mãe estava logo atrás de mim. Na cabeça dela, ela deduziu que eu estava namorando escondido esse rapaz!!!! Nem preciso explicar o escândalo que foi não é?! A família dela virou a cara comigo (e com razão), mas eu não deixei barato, comecei namorar de verdade o tal rapaz. E aí sim, eu comi o pão que o diabo amassou com o pé!!! Não tinha mais paz. O pior de tudo é que ele era meu amigo, eu nem gostava dele assim pra namorar, foi só pra fazer desaforo prá minha mãe mesmo e prá mostrar que esse negócio de racismo Mórmon não tinha nada a ver!
E como "há malas que vão prá Belém", eu comecei a questionar certas doutrinas Mórmons. Certas crenças! E com isso fui desgostando da igreja. Começou com o racismo, depois foi como uma bola de neve que só ia aumentando, sem controle. Até que chegou o dia que eu simplesmente disse que não queria mais saber e pronto. Nunca mais pisei numa capela SUD. Não me arrependo, foi a melhor decisão que tomei na vida! Pena que quando eu comecei a questionar, não tinha tanta informação como temos hoje, não tinha livros anti-Mórmons, internet então, nem pensar. Se tivesse, talvez eu não teria perdido nem algumas horas na SUD...
Leitora assidua do blog

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