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terça-feira, 9 de julho de 2019

LIVRO DE MÓRMON - PLÁGIOS



O Apóstolo Orson Pratt fez o seguinte pronunciamento em relação ao Livro de Mórmon:


“O livro de mórmon deve ser ou verdadeiro ou falso. Se verdadeiro, é uma das mensagens mais importantes enviadas de Deus... se é falso, é a imposição mais enganosa,  audaz e mais mentirosa que já existiu no mundo, calculada para enganar e arruinar milhões... A natureza do livro de mórmon é tal, que se verdadeira, ninguém pode ser salvo se rejeitá-lo; se for falso, ninguém pode ser salvo e aceitá-lo... se, após um rígido exame, for descoberto ser uma imposição, deve ser publicado em todo o mundo como tal; as evidências e argumentos nos quais as imposições foram detectadas devem ser claramente e logicamente anunciadas, aqueles que foram sinceramente, ainda que infelizmente enganados, devem perceber a natureza do engano e clamarem isso, e aqueles que continuarem publicando esse engano devem ser expostos e silenciados... por argumentos fortes e poderosos – por evidências trazidas das escrituras e da razão...” (Orson Pratt's Works, Divine Authenticity of the Book of Mormon, Liverpool, 1851, pp. 1, 2.).


A mãe de Joseph Smith Jr. declarou, muito antes dele ter alegado o recebimento das placas de ouro, que ele já estava ciente das histórias que elas continham:


“Durante nossas conversas à tarde, Joseph ocasionalmente nos dava algumas descrições, das mais incríveis que se possa imaginar. Ele descrevia os habitantes antigos deste continente, suas roupas, a forma de viajarem, e os animais que eles cavalgavam; suas cidades, seus prédios com todas as suas particularidades; suas formas de combates com os inimigos; e também suas adorações religiosas. Ele fazia isso de uma maneira tão fácil, parecendo que ele tinha passado toda a sua vida entre eles.” (Lucy Smith, Biographical Sketches, p. 85).


Joseph contava essas histórias antes de seu irmão Alvin morrer, em novembro de 1823. Ele apenas receberia as placas em setembro de 1827. De onde veio toda essa informação tão específica?
Não há sequer registro algum indicando que, durante os encontros anuais com o anjo Morôni tais detalhes lhes foram revelados. Qual seria a fonte dessas informações, além de sua mente fértil?
Um monte indígena que se situava no oeste de Nova York era uma fonte constante de especulação, quando Joseph ali cresceu. Havia uma lenda muito comum de que o oeste de Nova York e Ohio havia sido um local de uma terrível luta e que os montes eram, na verdade, cemitérios de uma nação inteira.
Em 1821, um jornal de Palmyra afirmou que os que cavaram o Canal Erie (próximo ao local citado) desenterraram “várias placas de latão” junto a esqueletos e fragmentos de cerâmica. (Fawn Brodie, No Man Knows My History, pp. 35-36).
Outra teoria, muito popular na época de Joseph, era que os nativos americanos eram descendentes dos hebreus. Os pregadores mais conhecidos dos EUA - William Penn, Roger Williams, Cotton Mather, Jonathan Edwards – já haviam exposto esta teoria.
Um rabino judeu, M.M. Noah resumiu os paralelos entre as culturas hebraicas e os costumes indígenas no jornal da cidade de Joseph, em 11 de outubro de 1825.
Sem dúvidas, Joseph tinha acesso ao jornal Wayne Sentinel,pois em 11 de agosto de 1826, seu pai estava em uma lista de assinantes do jornal, e devia US$5.60 (Fawn Brodie, No Man Knows My History, 45-46).
Ethan Smith foi um ministro da igreja Congregacional em Poultney, Vermont, entre 1821 e 1826, quando escreveu “View of the Hebrews”. Foi primeiramente publicado em 1823 (o livro de mórmon foi publicado 6 anos depois, em 1829).
O interessante é que Oliver Cowdery, que foi um dos escribas e testemunha do livro de mórmon, viveu em Poultney por 22 anos até 1825. A madrasta de Cowdery e três de suas irmãs eram membros da congregação de Ethan Smith.
Porém, é importante ressaltar que não existem evidências diretas que provem ou desaprovem que Joseph Smith tenha lido View of the Hebrews.
Outro livro, The Wonders of Nature and Providence Displayed, estava na biblioteca local de Manchester (5 milhas da casa de Joseph) e os arquivos mostram que ele foi constantemente consultado durante os anos de 1826 e 1828. Este livro inclui uma longa seção do livro de Ethan Smith e tenta estabelecer a origem hebraica dos americanos nativos.
A teoria de Ethan Smith da origem dos indígenas é exatamente a mesma daquelas que formam o coração da história do livro de mórmon:


“Israel trouxe a este novo continente um grau de civilização considerável; e a melhor parte é que eles trabalharam muito para mantê-lo. Mas outros começaram a caçar e consequentemente caíram em um estado selvagem; aquelas hordas de bárbaros invadiram as cidades mais civilizadas e consequentemente aniquilaram a maior parte delas, e tudo nestas regiões do nordeste!” (View of the Hebrews, p. 184).


Ethan Smith também falou sobre a lenda que supostamente veio de um chefe indígena, dizendo que eles:


“não tinham mais o livro que eles antes tinham preservado por um longo tempo. Mas tendo perdido o conhecimento de lê-lo, eles concluíram que ele [o livro] não seria mais para seu uso; então eles o enterraram com um chefe indígena.” (View of the Hebrews, p. 223).


Que Joseph Smith sabia da lenda está claro, pois ele a citou no jornal da igreja, muitos anos depois, como evidência da acuracidade histórica do livro de mórmon. (Times and Seasons, Nauvoo, Illinois, Vol. 3 (June 1, 1842), pp. 813-814).
Considerando as similaridades entre o livro de mórmon e View of the Hebrews, o seguinte resumo foi feito pelo Elder B. H. Roberts:










Livro de Mórmon
View of the Hebrews
Têm os israelitas como a origem dos indígenas americanos.
Mesma afirmação.
Fala sobre a destruição de Jerusalém e a dispersão de Israel.
Mesma afirmação.
Fala sobre a futura reunião de Israel e a restauração das dez tribos.
Mesma afirmação.
Enfatiza e usa muito das profecias de Isaías, incluindo capítulos completos.
Mesma afirmação.
Apela especialmente aos gentios do Novo Mundo, ao povo dos USA para se tornarem pais e mães de Israel na América, promete às nações gentias que ocupassem essas terras, se se submetessem ao programa divino.
Mesma afirmação.
O povoamento do Novo Mundo ocorreu devido à migração do Velho Mundo.
Mesma afirmação.
A migração dos Jareditas aconteceu “naquela região onde nunca houve nenhum homem”.
O povo que migra vai à um país onde “naquela região onde nunca houve nenhum homem”.
A colônia chega em um vale onde há um grande rio. As pessoas viajaram para o norte e encontraram mares e muita água no seu longo percurso. O motivo de sua jornada era religioso. Éter está muito interessado em registrar o que acontece.
A colônia chega em um vale onde há um grande rio. As pessoas viajaram para o norte e encontraram mares e muita água no seu longo percurso. O motivo de sua jornada era religioso. Ethan está muito interessado em registrar o que acontece.
Os nefitas são divididos em dois grupos, um civilizado e outro dado à caça selvagem e estilo de vida indolente, que os levou ao barbarismo.
As tribos perdidas dividem-se em dois grupos, um ligado às artes e responsáveis pela civilidade, e outro dado à caça selvagem e estilo de vida indolente, que os levou ao barbarismo.


Livro de Mórmon
View of the Hebrews
Guerras grandiosas e ineficientes acontecem entre nefitas e lamanitas.
Guerras grandiosas e ineficientes acontecem entre os povos civilizados e bárbaros.
No final, os lamanitas exterminam os nefitas (o mesmo tendo acontecido com os Jareditas, antes deste grupo).
No final, os selvagens exterminam os civilizados.
Os civilizados desenvolveram uma cultura de artes, de escrita e de conhecimento com uso de ferro e outros metais, assim como a arte da navegação.
Mesma afirmação.
Unanimidade da raça – os hebreus e mais nenhuma raça foram os habitantes das Américas antigas.
Mesma afirmação.
Os povos do Livro de Mórmon acreditaram ter ocupado toda a extensão do continente Americano.
Com uma possível exceção dos esquimós, o povo hebreu acreditou ter ocupado toda a extensão do continente Americano.
A língua original desse povo era o hebraico.
A língua indígena tinha uma única origem – o hebraico.
Joseph Smith usou um instrumento para traduzir o LdM chamado Urim e Tumim, descrito como duas pedras e um peitoral.
View of the Hebrews descreve entre vários instrumentos encontrados, um peitoral com duas pedras brancas semelhantes ao chifre de boi unidas, “imitando as pedras preciosas do Urim”.
Admite a existência de idolatria e sacrifícios humanos.
Mesma afirmação.
Os profetas exaltam à generosidade aos pobres e denuncia o orgulho. A poligamia também é denunciada sob certas condições, como as praticadas por Davi e Salomão.
Generosidade aos pobres é exaltada e o orgulho e poligamia são denunciados.
Escritos sagrados e perdidos seriam restaurados aos lamanitas, assim como as bênçãos de Deus, nos últimos dias.
As tradições indígenas do “Livro Perdido de Deus” e sua restauração aos índios, assim como as “bênçãos” perdidas do Grande Espírito são citados.


Livro de Mórmon
View of the Hebrews
Os registros sagrados foram escondidos ou enterrados por Moroni,  uma característica que correspondia às tradições deste povo no monte Cumora.
O livro sagrado de Ethan Smith foi enterrado com um “grande pregador”, “mantenedor da tradição sagrada”.
Citações de fortificações militares extensas, erguidas por vastas áreas e com torres militares de vigia aqui e acolá.
Citações de fortificações militares extensas ligando cidades através dos grandes territórios de Ohio e Mississippi, com torres militares de vigia aqui e acolá.
Cita oratórios ou as torres sagradas.
Descreve as torres sagradas ou “lugares altos”, algumas vezes devotados à verdadeira adoração, em outros momentos como locais de idolatria.
O mesmo povo do LdM faz uma mudança de um governo monárquico para uma forma democrática.
Parte dos habitantes do livro faz uma mudança de um governo monárquico para uma forma democrática.
Os poderes civis e eclesiásticos estão unidos na mesma pessoa no governo democrático.
Mesma afirmação.
Lehi, o primeiro profeta ensina que a existência de oposição é necessária em todas as coisas – moralidade oposta à fraqueza, o bem ao mal, a vida à morte, e assim em diante.
Alguns povos do livro de Ethan Smith acreditavam na luta constante entre os bons e maus princípios pelos quais o mundo é governado.
O evangelho foi pregado entre os antigos habitantes das Américas.
No livro, Ethan Smith fala do evangelho ter sido pregado na América antiga.
O LdM traz um Messias ressurreto ao Novo Mundo, dando ao povo o um ministério, discípulos e igreja .
O livro de Ethan Smith mostra, em detalhes consideráveis, a história do herói da cultura mexicana – Quetzalcoatl – que em muitos aspectos, é semelhante à Cristo.


Elder Roberts fecha estes paralelos com a seguinte questão:


“Estes numerosos e importantes pontos de semelhança e de sugestivo contato podem ser meras coincidências?” (B. H. Roberts, Studies of the Book of Mormon, (University of Illinois Press, 1985), p. 242).
Joseph também usou a Bíblia literalmente ao criar o Livro de Mórmon. Aproximadamente 25.000 palavras consistem em passagens do Velho Testamento, principalmente os capítulos de Isaías que Ethan Smith menciona em View of the Hebrews. Outras 2.000 palavras foram retiradas do Novo Testamento. (Fawn Brodie, No Man Knows My History, p. 58). Veja aqui:
Parece que Joseph também plagiou seu pai. Por muitos anos, sua mãe expôs os detalhes de vários sonhos de seu marido, e um desses foi totalmente incorporado no livro de mórmon como uma visão de Lehi, o pai de Nefi.
Vejamos as características em comum: Veja aqui:




A Visão de Lehi - LdM 1 Néfi 8 - 1830
Sonho de Joseph Smith Sr. - (Lucy Smith: Biographical Sketches, pp. 58-59)
… vi que eu estava num escuro e triste deserto…
Eu pensei estar viajando em um campo aberto e desolado, que parecia muito estéril...
...vi uma árvore cujo fruto era desejável para fazer uma pessoa feliz... me aproximei e comi de seu fruto; e vi que era o mais doce de todos os que já havia provado... comecei a desejar que dele também comesse minha família...
…uma árvore, como eu nunca tinha visto antes… eu achei [o fruto] delicioso, além de qualquer descrição. Enquanto eu o comia, eu senti em meu coração: “Eu não posso comê-lo sozinho, devo trazer minha esposa e filhos” …
vi um rio de água...E vi uma barra de ferro que se estendia pela barranca do rio e ia até a árvore onde eu estava...
Eu observei um lindo riacho, que corria do leste para o oeste… eu podia ver uma corda grossa que acompanhava sua borda...
… um grande e espaçoso edifício... E estava cheio de gente, tanto velhos como jovens, tanto homens como mulheres; e suas vestimentas eram muito finas; e sua atitude era de escárnio e apontavam o dedo para aqueles que haviam chegado e comiam do fruto.
Eu observei uma construção espaçosa… cheia de pessoas, que estavam belamente vestidos. Quando essas pessoas nos observaram no vale, sob a árvore, apontaram seus dedos de escárnio para nós.


Um comentário:

  1. Mórmons adoram três expressões retóricas para ostentarem nos púlpítos, sempre no primeiro domingo do mês ou em discursos: "sei sem sombra de dúvidas"; "quero prestar meu testemunho" e "amém". Então um pequeno texto irônico para ilustrar isso: "Sei com provas e profundo entendimento que o relato sobre 'as ovelhas que não são deste aprisco' (João 10:16), foi escrito de 95 d.C. em diante (mais de 70 anos após a crucificação). Quero prestar meu testemunho de que o Livro de Mórmon reúne em si vários plágios que passaram pelas mãos de Joseph Smith, há décadas analisados texto por texto, apresentando notórias coincidências com obras de Gilbert Hunt, Maccabeus, Josiah Priest, Ethan Smith (Visão dos Hebreus), e até pontos geográficos encontrados no romance Captain Kidd, livro de cabeceira de Joseph Smith na mocidade. Não esqueçamos de citar as Estelas de Abraão, já demonstradas como falsificadas em sua descrição, segundo o trabalho cuidadoso de Dan Vogel. Sem contar os 126 anos de Apartheid Racial apoiados por Ezra Taft Benson que nunca pedira desculpas, em vida, pela atrocidade que cometeu contra crianças negras que ele repudiava verem estudando com crianças brancas. E ainda, o sangue derramado na chacina chamada de Massacre das Montanhas Meadows, onde 126 inocentes receberam tiros na cabeça e nuca, ainda parece escorrer na memória histórica que não quer se apagar. Não esqueçamos das assinaturas e empréstimos daqueles livros plagiados por Smith que constam no livro de assinaturas da Biblioteca de Nova Iorque. Sei, sem sombra de dúvidas, que a Primeira Visão, que na verdade são quatro versões inventadas guardadas nos cofres da igreja, é uma cópia dos textos de Emanuel Swedenborg, que inventou antes de sua morte em 1772, a história de um "anjo envolto numa luz mais brilhante que o sol, cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição". Por fim, em Alma 46:13-15, se diz que os seguidores de Cristo eram chamados de cristãos. Jamais algum seguidor de Jesus do século I se auto intitulou de "cristão", pois eram todos judeus, principalmente o Mestre a que seguiam. Presto meu testemunho de que Sidney Rigdon nascera na mesma cidade em que os seguidores daquele filósofo acima citado se reuniam. Nada mais conveniente e extremamente suspeito o fato de que o rato morava perto da fábrica de queijos. Repita comigo um sonoro amém."🙏

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