O conteúdo deste artigo foi embasado numa parte do livro “Mormonismo Desvendado”, de Eber Dudley Howe (9/jun /1798 - 9/Out/1885). Ele foi o fundador e editor do Telegraph Painesville, um jornal que foi publicado em Painesville, Ohio entre os anos de 1822-1835. Howe foi o autor de um dos primeiros livros que criticava as alegações proféticas e espirituais de Joseph Smith Jr., o fundador d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Howe, neste trabalho, também citou Solomon Spalding, mas principalmente, criticou algumas obras de Joseph Smith Jr. Da maneira como este último agia, das suas revelações que eram repassadas aos incautos e prosélitos membros. Esses, arrebanhados geralmente sob a promessa de uma posição mais elevada numa nova Jerusalém ou numa Sião. Lugares esses, que jamais foram estabelecidos, na ocasião em que o movimento Mórmon fora criado sob o comando de Joseph Smith Jr. Qualquer pessoa pode encontrar o trabalho de Eber Dudley Howe on line na Internet. Isso é de conhecimento amplo e difundido nos Estados Unidos, mas não muito aqui no Brasil. Quem quiser conferir, pode fazê-lo. Para isso, é só clicar: http://www.solomonspalding.com/docs/1834howf.htm#pg278b
Sobre Solomon Spalding (1761-1816), podemos dizer que foi um crítico e debochado evangelista Calvinista. Foi também um empresário fracassado e falido. E ainda, aspirante a autor de uma história envolvendo heróis e guerras. Um épico pré-histórico americano. Em seus escritos, Solomon tentou explicar a civilização perdida dos "Mound Builders". Eles são apontados como os primeiros nativos americanos. Solomon Spalding foi considerado desde 1833 ou 1834, por alguns escritores e estudiosos, como o provável autor inconsciente de uma parte do original de “O Livro de Mórmon”.
Voltando a falar de Eber Dudley Howe! Enquanto vivia em Painesville, sua esposa, sua irmã e uma sobrinha se converteram ao mormonismo. Daí o seu interesse pela nova religião. Ele era muito cético, mas após a morte de sua esposa por câncer, tornou-se inclinado ao espiritismo. No livro “Mormonismo Desvendado” de 1834, ele esclareceu que o conteúdo do mesmo, foi amplamente baseado em depoimentos recolhidos por dissidentes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
No livro, são citadas e comentadas algumas das “revelações” de Joseph Smith Jr., como uma amostra da forma como governava e repreendia suas vítimas. A tal cidade de Nova Jerusalém estava indo de mal a pior no Missouri. O estabelecimento era cheio de problemas e privações. Havia muitos descontentes. A fé estava aparentemente abalada. Então, veremos uma revelação que foi usada para acalmar os nervos dos Mórmons do Missouri. Aponto aqui, através dos escritos de Howe, os meios que ele empregou para superar e evitar as contendas entre eles, em sua primeira visita ao Missouri.
"Escutai, ó élderes de minha igreja, e dai ouvidos às minhas palavras, e aprendei de mim que eu vou lhes dizer respeito, pois em verdade vos digo, bem-aventurado é aquele que guarda os meus mandamentos, seja na vida ou na morte, e aquele que é fiel nas tribulações, a recompensa do mesmo é maior no reino. Agora não podeis, ver com vossos olhos naturais, para o tempo presente, o projeto de seu Deus sobre as coisas que se seguirá depois de muitas tribulações, porque depois de muita tribulação vêm as bênçãos. Portanto, chegará o dia em que sereis recompensados com muita glória - a hora ainda não é, mas está perto, lembre-se disto, que eu te disse antes, que vocês podem colocá-las em seus corações, e receber o que deve seguir. Eis que em verdade vos digo que por este motivo vos enviei—para que fôsseis obedientes e para que vosso coração estivesse preparado para prestar testemunho das coisas que estão para vir. E também para que tivésseis a honra de estabelecer o alicerce e de testificar quanto a terra na qual a Sião de Deus será edificada; E também para que um banquete de coisas gordas fosse preparado para os pobres. Sim, um banquete de coisas gordas, de vinho puro bem refinado, para que a Terra saiba que a boca dos profetas não falhará; Sim, uma ceia da casa do Senhor, bem preparada, para a qual todas as nações serão convidadas. O Primeiro o rico e o instruído, o sábio e o nobre; E depois vem o dia do meu poder; então o pobre, o coxo e o cego e o surdo virão às bodas do Cordeiro e participarão da ceia do Senhor, preparada para o grande dia que virá. Eis que eu, o Senhor, o disse. E para que o testemunho saia de Sião, sim, da boca da cidade da herança de Deus — Sim, por essa razão mandei-vos aqui e escolhi meu servo a Edward Partridge e designei-lhe sua missão nesta terra. Mas se ele não se arrepender de seus pecados, que são incredulidade e cegueira de coração, que se acautele para não cair. Eis que lhe é dada sua missão e não será dada outra vez. E quem tem essa missão é designado para ser juiz em Israel, como nos tempos antigos, para dividir as terras da herança de Deus entre seus filhos; E para julgar seu povo pelo testemunho dos justos e com a assistência de seus conselheiros, de acordo com as leis do reino, que são dadas pelos profetas de Deus. Pois em verdade vos digo: Minha lei será observada nesta terra. Que ninguém se julgue governante; mas que governe Deus o que julga, de acordo com sua própria vontade ou, em outras palavras, o que aconselha ou se assenta na cadeira de juiz. Que ninguém quebre as leis do país, porque o que guarda as leis de Deus não tem necessidade de quebrar as leis do país. Portanto sujeitai-vos aos poderes existentes até que reine aquele cujo direito é reinar; e subjugue todos os inimigos sob seus pés. Eis que as leis que recebestes de minha mão são as leis da igreja e, como tal, considerá-las-eis. Eis que aqui há sabedoria. E agora, como falei a respeito de meu servo Edward Partridge, esta terra é a terra de sua residência e dos que ele nomeou como seus conselheiros; e também a terra da residência daquele a quem designei para cuidar de meu armazém; Portanto, que tragam suas famílias para esta terra, como decidirem entre eles e mim. Pois eis que não é conveniente que em todas as coisas eu mande; pois o que é compelido em todas as coisas é servo indolente e não sábio; portanto não recebe recompensa. Em verdade eu digo: Os homens devem ocupar-se zelosamente numa boa causa e fazer muitas coisas de sua livre e espontânea vontade e realizar muita retidão. Pois neles está o poder e nisso são seus próprios árbitros. E se os homens fizerem o bem, de modo algum perderão sua recompensa. Mas o que nada faz até que seja mandado e recebe um mandamento com o coração duvidoso e guarda-o com indolência, é condenado. Quem sou eu que fiz o homem, diz o Senhor, para considerar inocente o que não obedece aos meus mandamentos? Quem sou eu, diz o Senhor, para prometer e não cumprir? Eu mando, e os homens não obedecem; revogo, e eles não recebem a bênção. Depois dizem em seu coração: Esta não é a obra do Senhor, porque suas promessas não se cumprem. Mas ai deles, porque sua recompensa os espreita de baixo e não de cima. E agora eu vos dou mais instruções com respeito a esta terra. Considero conveniente que meu servo Martin Harris dê o exemplo à igreja, entregando seu dinheiro ao bispo da igreja. E também esta é uma lei para todo homem que vier para esta terra a fim de receber uma herança; e ele fará com seu dinheiro o que a lei determinar. E é prudente também que se comprem terras em Independence para o armazém e também para a tipografia. E outras instruções com respeito ao meu servo Martin Harris ser-lhe-ão dadas pelo Espírito, para que ele receba sua herança como lhe aprouver; E que se arrependa de seus pecados, pois procura o louvor do mundo. E também que meu servo William W. Phelps ocupe o cargo para o qual o designei e receba sua herança na terra; E também ele precisa arrepender-se porque eu, o Senhor, não estou satisfeito com ele, pois procura sobressair-se e não é suficientemente humilde perante mim. Eis que aquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro. Desta maneira sabereis se um homem se arrepende de seus pecados—eis que ele os confessará e abandonará. E agora, em verdade falo a respeito dos demais élderes de minha igreja; não chegará, por muitos anos, a hora de receberem sua herança nesta terra, a não ser que o desejem pela oração da fé e segundo o que lhes for designado pelo Senhor. Pois eis que dos confins da Terra reunirão os povos. Portanto congregai-vos; e os que não forem designados para permanecer nesta terra, que preguem o evangelho nas regiões circunvizinhas; e depois disso, que regressem a seus lares. Que preguem pelo caminho e prestem testemunho da verdade em todos os lugares, chamando ao arrependimento os ricos, os nobres e os plebeus e os pobres. E que edifiquem igrejas, se os habitantes da Terra se arrependerem. E que pela voz da igreja seja nomeado um agente para a igreja de Ohio, a fim de receber dinheiro para a compra de terras em Sião. E dou ao meu servo, Sidney Rigdon, o mandamento de fazer por escrito uma descrição da terra de Sião e uma exposição da vontade de Deus, como lhe for manifestada pelo Espírito; E uma epístola e uma subscrição, para serem apresentadas a todas as igrejas com o fim de obter dinheiro para ser entregue nas mãos do bispo ou do agente, como lhe parecer melhor ou como determinar, com o propósito de comprar terras para herança dos filhos de Deus. Pois eis que em verdade vos digo que o Senhor deseja que os discípulos e os filhos dos homens abram o coração para comprar toda esta região o mais depressa possível. Eis que aqui há sabedoria. Que façam isto; do contrário não receberão qualquer herança, a não ser por derramamento de sangue. E também, quando se obtiverem terras, que se envie trabalhadores de toda classe a esta terra, a fim de trabalharem para os santos de Deus. Que todas essas coisas sejam feitas em ordem; e que os privilégios das terras sejam anunciados de tempos em tempos pelo bispo ou pelo agente da igreja. E que o trabalho da reunião não seja feito às pressas nem fugindo, mas seja feito conforme aconselharem os élderes da igreja nas conferências, de acordo com o conhecimento que eles receberem de tempos em tempos. E que meu servo Sidney Rigdon consagre e dedique ao Senhor esta terra e o local para o templo. E que se convoque uma conferência; e que depois os meus servos Sidney Rigdon e Joseph Smith Júnior regressem; e também Oliver Cowdery com eles, para concluírem o restante da obra que lhes designei em sua própria terra; e o restante, como for determinado pelas conferências. E que nenhum homem regresse desta terra sem testificar pelo caminho aquilo que sabe e em que seguramente acredita. E que seja tirado de Ziba Peterson o que lhe foi conferido; e que ele permaneça como membro da igreja e trabalhe com as próprias mãos, juntamente com os irmãos, até que seja suficientemente castigado por todos os seus pecados, pois ele não os confessa e pensa escondê-los. Que os demais élderes desta igreja, que estão vindo para esta terra, alguns dos quais são extremamente abençoados, também realizem uma conferência nesta terra. E que meu servo Edward Partridge dirija a conferência que será realizada por eles. E que também regressem pregando o evangelho pelo caminho, testificando quanto às coisas que lhes forem reveladas. Pois, em verdade, o som deverá partir deste lugar para todo o mundo e para os confins da Terra—o evangelho deverá ser pregado a toda criatura; e sinais seguirão os que crerem. E eis que o Filho do Homem vem. Amém.
Em muitas das suas revelações, o dinheiro de Martin Harris sempre foi um “objeto” exagerado. Martim Harris foi um “boneco” nas mãos de Joseph Smith Jr. Serviu de joguete para ele alcançar seus propósitos. Sem seu dinheiro não seria possível nem a impressão do Livro de Mórmon. Os demais projetos do mormonismo inicial não seriam realizados sem a ajuda financeira de Martim Harris.
O olho espiritual de Joseph Smith Jr. sempre estava aberto sobre as finanças de seus seguidores membros devotados. Para roubar-lhes de seus bolsos, ele só tinha de emitir uma revelação.
Na revelação anterior, Martin Harris é chamado, in persona própria, para entregar seu dinheiro ao bispo, mas apenas como um exemplo para todos os outros. Neste caso, Joseph Smith Jr. julgou correto agir assim, pois ele sabia muito bem o modo pelo qual Martin se associara com ele. Conhecia-o muito bem. Proferindo uma revelação, mencionando uma das “prováveis testemunhas do livro de Mórmon”, outros poderiam ser enganados.
Essas revelações estão publicadas num livro chamado de Doutrina e Convênios e podem ser acessadas inclusive on line, em sites da Igreja.
Uma grande variedade de mandamentos foram dados por via oral, em ocasiões especiais. E tal foi o entusiasmo dos seguidores de Smith, que todas as negociações internas que ele desejou controlar, ninguém se opôs. Bastava apenas mais um mandamento e os incautos membros obedeciam prontamente.
O controle de Smith sobre seus devotos mais humildes, foi bem exposto numa revelação, que garantiu aos seus herdeiros uma simples gleba de 142 hectares das terras mais valiosas e um templo de pedra, na cidade de Kirtland, Ohio.
Funcionava assim, quem possuía um lote ou propriedade valiosa em Kirtland, cedia esses para Joseph Smith. Em troca, recebiam promessas de viverem numa sociedade celestial no Estado de Missouri, em lugares com os sugestivos nomes de "Nova Jerusalém", "Sião", ou outros nomes. Tinham muitos nomes pelos quais eram chamados os lugares onde os membros se reuniriam. Após as transações legais, os membros iam ao Missouri. Chegando lá, não tinham nem onde morar. Na prática, não era bem conforme pensavam.
Quando os membros passavam suas propriedades, passavam da seguinte forma: para Joseph Smith Jr., como presidente, e a seu sucessor no cargo. Eis aqui algumas das razões porque se arvoraram vários pretendentes ao cargo de sucessor de Joseph Smith. Não era só o cargo que estava em questão, nem a pretensão de receber revelações de Deus, mas sim a herança dos incautos e humildes membros.
Eber Dudley Howe diz em seu livro que as transações eram feitas de maneira honesta, na sua maneira de fazer negócios, mas tinha muitas dúvidas se as grandes somas de dinheiro que Joseph Smith Jr. levantava, foram obtidas de forma honesta.
E foi assim que Joseph Smith Jr., o “profeta” adquiriu suas posses de imóveis num país rico e próspero, enquanto seus crédulos membros foram despachados para a floresta de Missouri, e obrigados a "lançar seus dinheiros ao bispo", com a promessa de receberem uma "herança" de cerca de 40 hectares de terra, se eles fossem tão afortunados para possuírem o suficiente para comprá-lo. Pois as terras no Missouri não eram de graça. Qualquer membro que desejasse, teria que comprar. Mas como comprar se o dinheiro fora entregue ao bispo?
Kkkkkkkkk... é piada isso?
ResponderExcluirMeu amigo, muito se fala sobre Joseph Smith. Ele mesmo recebeu a revelação de que seu nome seria falado bem ou mal até a Segunda Vinda de Cristo.
Interessante sobre o dinheiro, do jeito que escreveu, parece que Joseph ficou com todo o dinheiro. Mas na verdade não foi assim. Joseph não enriqueceu em vida. Mas a igreja sim cresceu e é forte, apesar do número de membros ser pequeno, com um pouco mais de 14 milhões somente, espalhados por todo o mundo.
A Igreja hoje está em evidência, e quem a conhece vê que não é como os mals falam, pois ela só abençoa a vida de seus membros e não membros.
Não adianta ficarem falando mal ou escreverem besteiras sobre a igreja, hoje todos estão tendo a oportunidade de conhecê-la sem ficar se baseando em palavras de pastores religiosos ou apostatas da igreja.
Um grande abraço e espero que não seja tarde o dia do seu arrependimento, pois saberá que todas as besteiras que escreve sobre a Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias é em vão, porque ela continua a crescer, nó só em número, mas em influência e poder, que vêm de Deus e o mundo está percebendo isso!!!
Leandro Arnaud!
ResponderExcluirSe a Igreja cresce tanto assim como explica 80% de inatividade? Quanto isso daria de membros efetivamente? Menos de 3 milhões de membros no mundo. Isso é piada! Joseph smith roubava o dinheiro dos membros da sua época sim. Ele usava não só o dinheiro, mas os imóveis dos incautos para aumentar os ativos familiares. Voc~e precisa ler e estudar mais sobre o mormonismo.
um abraço.