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terça-feira, 27 de setembro de 2011

BATISMOS RÍDICULOS!


Vi ao longo do meu tempo de mormonismo, alguns batismos que considero ridículos. Naquela época, principalmente nos meus primeiros anos como membro da Igreja, não compreendia que havia uma enorme pressão por números e batismos nas missões.
Começarei contando sobre uma experiência que tive em Belém do Pará. Eu era o líder da obra missionária do Ramo Icoaraci (Hoje Ala Icoaraci). Estávamos batizando cerca de oito a dez pessoas por semana. Eram duas duplas de missionários naquela unidade. Hoje me questiono. Onde eles arrumavam tantas pessoas para se batizarem? Eu deveria ter uns dois a três meses que era membro. Já era portador do Sacerdócio de Melquisedeque. Numa noite de batismos, uma dupla de missionários apareceu com uma velhinha de 89 anos. Isso mesmo! A reunião transcorria normalmente! Após cantarmos um hino, essa senhora pediu a palavra. Eu estava dirigindo a reunião e concedi-lhe um tempo. Ela então veio à frente e disse: “Eu poderia cantar um hino que aprendi na Igreja Adventista?” Eu não sabia o que dizer, pois era membro novo também. Nunca tinha passado por aquela situação. Olhei para os missionários e eles acenaram com a cabeça para não deixar. Eu simplesmente neguei com educação.
Nunca mais vi essa senhora na Igreja. Nunca a vi numa reunião dominical. Em nenhum domingo. Aliás, batizávamos às dezenas por mês naquela cidade. A frequência sempre era em torno de umas 120 pessoas. Nunca aumentava ou diminuía. Hoje posso até desconfiar que aquelas dezenas de pessoas que se batizavam mensalmente eram manipuladas para “o banho na pia batismal”.
Chegando aqui em Curitibanos, a situação era parecida. Aqui os missionários não batizam dezenas de pessoas num mês. Mas batizavam um ou dois. Mesmo assim, esses eram batismos duvidosos. Batizaram uma velhinha com mais de 100 anos que vivia enferma numa cama há anos. Lembro que eu fui buscá-la de carro. Foi um drama para colocá-la no carro, precisou vir carregada pelos missionários. Nem caminhava mais de tão velha que estava. As mulheres a vestiram e a prepararam para o batismo. A pia batismal tinha a água aquecida. Entraram quatro missionários na pia batismal e quase mataram a velha. Quase a afogaram. Estava presente naquela reunião batismal uma mulher, ex-missionária, assistindo  a tudo, que mais parecia uma sessão de horror. Lembro que ela questionou. Não seria melhor deixar para batizá-la após a sua morte num templo? Um dos missionários olhou para ela com um olhar de desaprovação. Eu nunca esqueci essa cena. Poucos meses depois desse ocorrido, o membro do segundo Quórum dos setentas, Helvécio Martins veio a Curitibanos para uma Conferencia de Distrito. Naquela época, cogitava-se a criação da Estaca. Ele foi visitar essa velhinha em sua casa. Passados alguns meses ela faleceu. Saiu até nas páginas centrais da Liahona, naquelas páginas que mostravam as atividades da Igreja no Brasil.
Outro batismo que me lembro foi de um homem que era interno do asilo de Curitibanos. Não sei como os missionários fizeram para tirá-lo de lá. Eles o batizaram e nunca foi visto na igreja, em nenhuma reunião dominical. Naquela época a reunião batismal envolvia o “batismo” e a “confirmação” na mesma ocasião.
Certa vez, apareceu por Curitibanos um tal Elder Conegato (resolvi colocar seu nome aqui de propósito. É possível que ele apareça. Quero mesmo entrar em contato com ele). Ele era gaúcho e começou a utilizar uma tática estranha para batizar as pessoas. Ele carregava em suas mãos uma pequena tábua de compensado fino, do tamanho de um táblet. Num lado tinha uma gravura de Jesus Cristo, aquela foto tradicional do mormonismo. Do outro lado, tinha a gravura de Jesus sendo batizado por João no Rio Jordão. O Elder abordava qualquer um na rua, de preferência os mais pobres e ignorantes. Ele começava se apresentando, mostrava a gravura de Cristo para o incauto prosélito. Perguntava se ele sabia quem era aquela pessoa estampada na gravura. Evidentemente que até os mais ignorantes diziam que era Jesus. Ele então começava a falar sobre as qualidades e as obras de Jesus. E de repente! Virava a tábua para o lado da gravura em que havia a ilustração do batismo no Rio Jordão. As perguntas que ele fazia eram mais ou menos as seguintes: Você acha que Jesus foi um homem perfeito? Você acha que ele deu o exemplo para nós de muitas coisas que ele queria que fizéssemos? Acha que ele fez certo ao ser batizado? A pessoa ia respondendo afirmativamente. Até que surgiam as perguntas fatais. Você, como um seguidor de Jesus, quer fazer tudo o que ele fez? Se você acha certo tudo o que eu lhe expliquei, o que te impede então de ser batizado de forma igual a Jesus? Você poderá dar o exemplo, se batizando como Jesus, nas águas. Podemos batizá-lo agora se você quiser. Muitos aceitavam com a condição de que não seguissem o mormonismo e que não tivesse nenhum membro presente no batismo, só os dois missionários. Tínhamos batismos em qualquer dia e horário, inclusive batismos à meia noite, sem que nenhum membro soubesse. No domingo, o missionário gaúcho apenas entregava a cópia da ficha batismal para o Presidente do Ramo. Ele exigia que os membros visitassem esses "recém-conversos"! Eu mesmo discuti várias vezes com esse missionário por causa dessa "tática manipuladora".
Muitos dos que foram batizados por esse missionário, jamais apareceram na Igreja após seus batismos.
Enquanto essas aberrações da obra missionária do mormonismo ocorrerem, ficará mais evidente que não há nenhuma influência do Espírito Santo ou de divindade alguma sobre essa organização. Esses foram apenas alguns exemplos que lembrei. Tenho comigo, muitos outros para ser um dia publicado.


Esta página da web não tem direitos autorais! Foi escrita por Antonio Carlos Popinhaki. Sinta-se livre para usá-la sem fins lucrativos: Somente peço o referenciamento onde for publicada e enviar-me um e-mail para popivhak@gmail.com - Ao comentar, mesmo que de forma Anônima, devido talvez, você não possuir contas do Google/Wordpress, por favor, coloque um nome ou iniciais, para uma breve identificação. 




9 comentários:

  1. (Via Facebook)

    Edson Lazarini

    Muito ridículo mesmo a forma desordenada e banal com que trataram a questão de se filiar a uma religião com tanta zombaria e insensatez. Outras religiões que tenho conhecimento, preparam seus fiéis de maneira que ao se batizarem são cumpridores de tudo o que a religião ensina e a frequencia nas reuniões é apenas mais um detalhe e não um sacrifício para as pessoas conversas. Não há mais espaço em nosso mundo moderno para tanta coisa sem pé nem cabeça como relatado em seu blog, e testemunhado por você, como exemplo, tirar uma pessoa centenária da cama para joga-la numa pia batismal com o sério risco dela ter uma pneumonia, muita falta de respeito mesmo. Acredito que as coisas devam ser mais sérias na religião mormon e não tão banais e efêmeras como temos presenciado. As consequencias são insólitas e revertem para o prejuízo deles mesmos, como relatado em seu blog.

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    1. Meu nome é Walmir Rubino Utrera, (Elder Utrera), fui missionário em Curitibanos, e fiz proselitismo a sómente um Jovem de 14 anos, Alexandre Gaboardi Dacol, só não o batizei porque fui transferido na semana do batismo que ocorreu mesmo com minha transferência, e este jovem, continua firme no evangelho, fez missão, tem uma linda família, todos "ativos", e acredito que quando temos um propósito e seguimos o espírito, é isto que acontece.
      Quanto á este Missionário que tanto batizava, era seu jeito de pregar o evangelho, e não podemos julgá-lo, se fez algo "errado",pagará pelo seu erro.

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    2. Pagaremos ou não por nossos pecados. É uma questão de interpretação

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  2. Antonio Carlos,

    Fui missionário e sei muito bem do que você está falando nesse post. É a pura verdade! A pressão era tanta que até mesmo eu que sempre fui contra isso, cheguei a cometer em alguns casos aberrações como essas. Para a missão naquela época os batismos não eram sagrados, tanto que eram realizados as pressas, de qualquer jeito, sem preparo adequado do pesquisador e sem um ritual apropriado e "espiritual". Sagrado mesmo eram os números - e eles é que sempre determinaram quem eram bons e ruins missionários.
    ..
    Um abç!

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  3. (Via Email)

    Pelas tuas besteiras da pra vê que você, trabalha para o $$$$$$$ parabéns irmão!!!

    zoccarato@mapmix.com.br

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  4. Vi que a questão dos batismos na igreja não passava de NETWORK MARKETING, aplicados pelas empresas:Amway, Nature's Sunshine, Forever e outras.

    Sofri uma forte pressão para fazer uma missão pela liderança.

    Acho que essa fort pressão não passava de estatísticas.

    Depois que retornei não tive nenhum apoio da liderança, a não ser a cobrança de me casar logo...

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  5. Olá Sr Popinhaki, obrigado por seu convite, é claro que já somos amigos, fazendo compartilhamento, eu tenho a liahona do batismo aos 110 anos em Curitibanos, se quiser te mando por email página scaneada. Eu por sorte não fui missionário eu não preciso me arrepender disso.
    Abraços

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  6. Amigo!

    Ficaria muito grato amigo. Eu devo estar nessa foto. Favor enviar para

    popivhak@gmail.com

    Um abraço.

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  7. Queridos,

    Fui missionário, e já vi muitos ingenuamente agindo desta forma.

    Tenho muita honra em dizer que fui missionário!
    Não batizei muitos, mas todos os que levei à Igreja foram depois de serem preparados como os manuais ensinam, e conscientes do que estavam fazendo. Até hoje tenho contato com eles. A maioria está ativa! O Evangelho fez diferença muito grande na vida deles! Alguns se afastaram da criminalidade e das drogas, outros já eram de boa índole, e só melhoraram depois do batismo!

    Mesmo com essa preocupação, conseguia ter números melhores que muitos missionários da missão. Não eram números pioneiros, mas estavam acima da média!

    A Igreja não erra na ênfase, pois se um jovem frequentou os 4 anos de Seminário e teve um bom aproveitamento, ele entende tudo! Só é necessário pedir mais batismos, e ele entenderá isso da maneira correta!
    E se ele é recém-converso, tem um ano de palestras de membros novos, Instituto, Pres. do Quórum, estudo diário das escrituras, curso de Preparação Missionária, três semanas de puro estudo no CTM e tantos outros recursos à disposição.

    O problema é que os membros não estudam diariamente as escrituras, não entendem o que leem, não frequentam o seminário. Acham que a missão é fácil, ou melhor, uma 'viagem'. Daí chegam lá e cometem essas atrocidades.

    É a indolência dos próprios membros que fabricam essas aberrações. Cumprissem eles com os convênios feitos no batismo, e muita coisa seria diferente...

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