FINALMENTE RESUMINDO!

Não sei precisar quantas vezes já tentei findar este blog. Foram muitas. Fico até, de certa forma, constrangido a fazê-lo mais uma vez. A verdade é, que conforme os anos passam, o mormonismo fica mais para trás, e vai tomando lugar e se alojando num passado distante que, quanto menos lembrar, melhor será para o meu bem-estar.

Portanto, meus amigos, amigas, membros do mormonismo, não membros e curiosos. Eu estou, encerrando definitivamente este trabalho. Convenci-me, de que o meu objetivo foi alcançado. Mostrei a muitos o que é de fato a doutrina da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, bem como, sua organização, práticas ritualísticas templárias e dominicais.

Reservo-me no direito de não responder mais a nenhum e-mail relacionado com essa doutrina, pois recebo-os muitos, de diversos cantos do Brasil e do mundo. Recentemente, respondi a uma entrevista on line, para a coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro que, juntamente com alunos da Escola de Comunicação daquela instituição, me indagaram sobre o meu grau de fanatismo religioso, enquanto eu era um membro da Igreja Mórmon. Ao responder as perguntas, fui me convencendo, de que há um enorme precipício entre o que eu sou agora, em relação às minhas atuais convicções e o que eu era naqueles idos tempos. Vou compartilhar aqui apenas duas das perguntas e as respostas que proferi:

Pergunta: Enquanto Mórmon, você foi fanático religioso (mesmo que apenas um momento pontual)? Se foi, explique como. Minha resposta: Se o significado para fanático religioso era estar todos os domingos, pontualmente e impreterivelmente presente nas reuniões, então eu era um fanático religioso. Se o significado for, trabalhar voluntariamente por 18 anos consecutivos, viajar para outras cidades e Estados, para atender às solicitações da liderança Mórmon, mesmo que, sacrificando o pouco tempo vago, a família, e o descanso, eu era um fanático religioso. Se o significado for, ler e estudar a doutrina Mórmon, conforme ela me era apresentada, sem variantes, sem a possibilidade de pesquisar em outras fontes, que não as da própria Igreja, eu era fanático religioso. Se o significado for, tentar empurrar goela abaixo aos amigos não Mórmons, me afastar de muitos e ficar zangado com outros, porque não conseguiam entender o mormonismo, eu era um fanático religioso.  Se o significado for, viver o mormonismo 24 horas por dia, sete dias na semana e 365 dias anuais, eu era um fanático religioso. Pergunta: O que você pensa, hoje em dia, sobre esses episódios? Minha resposta: É interessante como os pensamentos de uma pessoa podem ser, num determinado momento em prol de uma causa e, noutro, totalmente avesso a essa mesma causa. Hoje, eu simplesmente, fico pasmo em acreditar, que gastei uma grande parte de minha vida no mormonismo, defendendo, colocando dinheiro em seu cofre e trabalhando voluntariamente para uma grande empresa, que dizia ajudar as pessoas, mas que na verdade, só queria lucro monetário.  Meus pensamentos atuais me levam a crer, que foi tudo uma lavagem cerebral, uma dissonância cognitiva ao inverso.  Num determinado momento da minha vida, fui fisgado, como um peixe, numa ocasião de fragilidade e descuido. E, voluntariamente, mesmo sem perceber, estava trabalhando em prol de uma causa perdida. Não foi fácil sair de lá. Por isso, insisto na racionalização e estudo continuo, através de vasta pesquisa noutras fontes sobre a religião, seja ela qual for. Felizmente, ou infelizmente, hoje não frequento e não pertenço a nenhuma religião. Simplesmente, não consigo mais aceitar. A decepção causaram-me sequelas e deixaram-me este legado.

Bom, amigos, amigas e leitores do blog. Desejo do fundo do meu coração, esquecer tudo isso e continuar com minha vida, juntamente com minha família, o mais longe possível de organizações duvidosas, que se aproveitam da fragilidade humana.

Para encerrar, quero encorajar a todos a ficarem com os olhos bem abertos, mentes e sentidos em posição de vigias e sentinelas. Um abraço a todos!

Antonio Carlos Popinhaki