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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

DOIS CAMINHOS


Em nossas vidas, deparamo-nos com dois caminhos opostos, que utilizam duas forças diferentes. Deparamo-nos com o amor e o medo.

Amor nos convida, incentiva, espera, suporta e se alegra com o nosso progresso pessoal, nossas conquistas, com a racionalidade e a maneira natural e universal de como as coisas são. O amor não se abala com contratempos. Em vez disso, o amor encontra uma maneira de resolver os obstáculos e faz-nos tentar novamente. O amor é criativo, empreendedor. O amor abre-nos portas para uma vida mais alegre de realizações palpáveis e concretas.

Já o medo, inibe-nos de muitas realizações. Quer nos controlar, nos desencoraja e coloca-nos limites de progresso pessoal. O medo nos oferece contratempos e faz com que olhemos para os obstáculos, inibindo assim a nossa criatividade, a nossa índole empreendedora de inovação. O medo rejeita o amor. Por isso, às vezes, encontramos muitas pessoas infelizes e sozinhas. Solitárias e sofredoras, com um tormento pessoal, semelhante ao que nos é apresentado como inferno nas escrituras religiosas.

Quando estamos todos motivados pelo amor, nunca exigimos demasiadamente dos outros. Agimos de forma incondicional, sem querermos nada em troca, porque compreendemos.

O amor permite que as diferenças de pontos de vista religiosos sejam compartilhadas numa busca mútua e contínua da harmonia. O medo impede que isso ocorra. Na verdade, o medo faz com que as diferenças religiosas se transformem em ódio.

Religião alguma poderá trazer novamente “Sião” se usar o medo como arma de persuasão doutrinária. Se as religiões pregam que Deus é amor, porque inculcar medo nas cabeças de seus membros?

Como exemplo, eis algumas ferramentas de medo que encontrei no mormonismo:

1) Caso um membro da Igreja Mórmon não pague o seu dízimo integralmente, deverá ser queimado quando, supostamente, Jesus Cristo voltar à terra;

2) Caso um membro da Igreja Mórmon negligencie de entrar num templo e realizar rituais próprios, não poderá viver numa suposta vida de “exaltação”, pois não poderá passar por “supostos” anjos, que estarão de sentinelas guardando o caminho para esse lugar chamado “exaltação”. Esse membro, que não efetuou rituais num templo Mórmon não terá senhas e nem sinais para convencer essas sentinelas a deixarem-no prosseguir. Então, poderá ser designado a viver eternamente, num submundo inferior, que não seja a “exaltação”.

3) Caso um membro da Igreja Mórmon duvidar de algo que sai da boca do suposto profeta vivo, estará cedendo, aos também supostos, “sussurros” de Satanás. E consequentemente, se afastando da também “suposta” doutrina verdadeira (mormonismo).

4) Qualquer ato contrário aos ensinamentos da doutrina Mórmon é taxado como apostasia e afastamento da suposta “verdade”. Isso faz, com que o membro rebelde, possa sentir tormentos pessoais, porque acredita estar com pecados. Ele se sente indigno. Os demais membros locais, também o fazem pensar assim, porque os líderes locais infringem-no penas como castigos moralistas.

5) Caso um membro da Igreja Mórmon ler, estudar ou buscar conhecimentos sobre a própria doutrina em livros, jornais, revistas ou mesmo, na internet, estará sendo taxado pela liderança e membros locais como um “fraco”, um apóstata, uma pessoa que está duvidando e que não tem fé suficiente.

6) Caso um membro da Igreja Mórmon afirme publicamente que nunca sentiu e nem escutou nenhuma resposta afirmativa sobre a veracidade da doutrina, também será ridicularizado, como o imperador que estava nu e os demais súditos não queriam tornar isso público ou notório, pois só os supostamente inteligentes poderiam ver a tal roupa invisível.

Então é isso, o amor e o medo são dois caminhos opostos e que usam ferramentas opostas. Uma ajuda as pessoas a desenvolverem-se, enquanto que a outra, engana-as com utópicas e fantásticas loucuras.

Um comentário:

  1. Como assim só os inteligentes podiam ver a roupa? Pensei que isso só existisse no episódio do Chaves, ilario,quanta idiotice.

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