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quarta-feira, 27 de julho de 2011

DEMOCRACIA OU AUTOCRACIA?

O poder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está concentrado num punhado de indivíduos, na sua sede em Salt Lake City, Utah, Estados Unidos. Para uma empresa relativamente pequena e dinâmica, essa concentração de poder em cima de poucas pessoas seria o máximo. As decisões podem ser executadas muito mais rápidas num modelo “topdown”, ou seja, os problemas são atacados de cima para baixo, de forma “autocrática” (um único homem detém o poder). Diferente da consensual “democracia” adotada pela maioria das pessoas e entidades. Velocidade, no contexto da religião é a eficiência. Velocidade indica objetividade e cria a confiança do público. 
Nas religiões que tem organização mais democrática, as decisões andam mais lentamente que o mormonismo autocrático. Tomemos, por exemplo: Os bispos anglicanos demoraram 10 anos para chegar a um consenso final sobre a ordenação de mulheres. Nessa mesma Conferência de Lambeth, em 1998, também foi lançado o voto sobre a homossexualidade. Não houve decisão unânime: 526 votos contra e 70 a favor, 45 abstenções. Os Luteranos na sua Assembléia Geral foram ainda mais divididos quanto ao assunto homossexualidade: 820 contra e 159 a favor. Depois de vários encontros de liderança, a Igreja Metodista Unida decidiu: 628 contra e 327 a favor. Enquanto isso, os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias asseguraram ao público que nunca irão apoiar uma sacerdotisa do sexo feminino e muito menos um membro gay, isso de acordo com as “revelações” diretamente vindas de Deus para os diversos profetas Mórmons.

Uma igreja centralizada permite que os líderes possam falar de qualquer funcionário sem nenhuma oposição. Também permite a eles se intrometerem em questões sociais dos seus membros. Quando um grupo conservador americano de escoteiros foi arrastado, aos tribunais, para dar explicações, sobre sua discriminação contra gays, imediatamente os líderes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, expressaram as primeiras preocupações. Ameaçaram imediatamente retirar as doações para o exterior. Os católicos romanos e outras denominações religiosas seguiram o exemplo dos Mórmons. 

Da mesma forma, o aborto nunca foi um problema na ala dos Santos dos Últimos Dias. Nunca encontraremos Mórmons com tendências pró-vida e outros com tendências pró-escolha discutindo sobre quem tem razão. Vale para todos os Mórmons o que o profeta tem falado a respeito do aborto. Mesmo quando as igrejas tradicionais permanecem em silêncio em áreas polêmicas, como a coabitação ou união estável, os Santos dos Últimos Dias criticam imediatamente a prática. Aplicam logo o pretexto da sua Lei da Castidade. Acreditem ou não, os Mórmons também elaboraram um plano “revelado por Deus” de 10 pontos para derrotar a famosa masturbação entre os seus jovens. 

Da mesma forma, a palavra “democracia” é um conceito atrasado para o mormonismo. Isso irá desgastar os bens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e ao final, ainda assim, essa palavra será impraticável. 

A igreja exige um produto homogêneo que pode ser duplicado rapidamente. Por isso, os líderes Mórmons agem com cautela em suas discussões liberais que podem fragmentar as suas políticas. Não é à toa que as mulheres Mórmons andam com aqueles vestidos e saiões da época de Brigham Young em pleno século XXI. Tudo, desde os manuais gerais, até os direitos de uso de instrumentos musicais, seus usos só são permitidos, após a liberação vinda diretamente de Salt Lake City.

No mundo da religião, a autocracia é lenta, as mudanças demoram a aparecer. Por outro lado, a democracia funciona sem que haja consenso entre a liderança. As mudanças também não são visíveis em curto prazo. 

Parece que, enquanto o mundo avança em tecnologia e conhecimento, no campo da religião, a tendência é ficar para traz aos poucos. Quando despertarem e quiserem acompanhar, para muitas denominações religiosas, poderá ser tarde demais.

Referencias para a elaboração do texto:



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Um comentário:

  1. Vou deixar minha opinião: nenhuma igreja ou religião é democrática; Todas anseiam para dominar, comandar e ditar ordens aos seus membros, diferente do que a bíblia e os ensinamentos de Jesus nos deixou, como: humildade, resignação, fazer o bem sem olhar a quem, resumindo: amar a Deus e ao próximo.
    As religiões hoje em dia são autoritárias e arbitrárias.

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