O mundo da religião, no século moderno gira em torno de uma imagem publicitária. As pessoas querem investir em líderes. O Papa católico, o guru budista Dalai Lama, alguns padres católicos e para alguns, o profeta Mórmon Thomas S. Monson. No mundo corporativo, isso acontece há tempos. É só perceber quantos clientes e seguidores têm Bill Gates e Mark Zuckerberg. No mundo da religião não é diferente. A idéia de um “profeta vivo” na terra em nossos dias, sendo o “único representante de Deus” soa muito convincente para algumas pessoas. Assim como todo o marketing da Nike que nos diz “para nunca comprarmos sapatos e que devemos comprar mais do que simplesmente sapatos”. Esse tipo de mensagem subjetiva induz as pessoas a compreender, que elas não só compram a “verdade”, mas que também compram a “autoridade moral”, a “estabilidade social” do presente e, certamente, do futuro. Essa mensagem, muitas vezes induz a um erro, difícil de ser identificado.
Quando você dá suas ovelhas para um pastor cuidar delas, ele terá mais do que o seu próprio rebanho. Ele também terá as ovelhas do seu vizinho, por força do instinto do rebanho do vizinho. Essa tese reforça o fenômeno a respeito de porque uma parte das pessoas aceita a doutrina Mórmon. E reforça o entendimento de porque se convertem ao mormonismo. Isso vem da observância das doutrinas e práticas de outras denominações. A maioria absoluta das pessoas, por instinto nato quer religião, precisam e vivem sob a autoridade dogmática religiosa.
Mas o domínio do sucesso deve ser autorizado. Quem autoriza são os seguidores, os membros da igreja. Muitas vezes nem se dão conta de que a autoridade a que seguem é autoritária. Isso devido à intensidade de alienação e comprometimento praticados. Assim, não é surpreendente que as religiões que mais crescem no mundo, muito rapidamente são aquelas, que pregam exclusividade. Pelo menos foi assim até os anos de 1990.
Num mundo globalizado, onde as escolhas são realizadas via e-mail, touch e click, a palavra de ordem é diferenciação do produto. O consumidor racional pensa que a religião em geral fará dele uma pessoa melhor. Assim, o truque não é para vender religião como verdade em si, mas como um pacote. No caso do mormonismo: “Não só temos a Bíblia, nós também temos um profeta que supervisiona a única e verdadeira Igreja.”
Para a maior parte, a maior vantagem de ter uma figura de autoridade na linha de frente não é tanto a liderança, mas a visibilidade do “profeta vivo”. Quando a autoridade é visível, a fé é menos exigente. O escritor Albert Camus diria: “É da natureza dos seres humanos, evitarem fazer difíceis escolhas morais, e assim deixamos que os nossos líderes decidam por nós”. Para os membros da igreja SUD, o “profeta” preenche esse papel com entusiasmo. Ele é a “autoridade carismática”, que estende sua influência por meio de um continuo e visível poder, a hierarquia do sacerdócio. Afinal de contas, o profeta fala com Deus.
Num artigo encontrado na internet intitulado “Por que seu vizinho entrou para a Igreja Mórmon?”, O autor evangélico admitiu: “Num dia, quando muitos hesitam em afirmar que Deus nos diz algo, os Mórmons se destacam nesse contraste. Aparentemente, muitas pessoas estão prontas para ouvir o que os Mórmons alegam ser a voz de Deus. O trágico é que a sua mensagem é falsa! Mas isso no fundo não importa, não deixa de ser uma lição para nós que as pessoas estão muitas vezes prontas para ouvir uma voz de autoridade”.
Então posso concluir que por mais que provemos que o mormonismo é falso, sempre terá alguém, em algum lugar, pronto para ouvir a mensagem que os missionários estarão vendendo. É incrível como são as pessoas. Num momento de fraqueza, de instabilidade emocional, de carência. Justamente nesse momento, bate às suas portas dois rapazes com a “verdade” salvadora. Sinto muito por estas pessoas. Fui um dia uma delas.
Referencias para a elaboração do texto:
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Lembro-me daquela escritura muito falada na igreja mórmon, de doutrina e convênios: "nenhum poder ou influencia pode ser mantido em virtude do sacerdócio a não ser que seja com mansuetude e amor não fingido, senão o sacerdócio não terá valor ou será cancelado (adeus para o sacerdócio)"
ResponderExcluirOuvi um relado de uma pessoa sobre a visita de um apóstolo mórmon numa capela no interior do Brasil, os presentes, pessoas humildes e submissas, nunca tinham visto pessoalmente um apóstolo, precisaram ficar sentados mais ou menos uma hora antes do início da reunião(por ordem expressa da liderança autoritária) ou ficarem cantando hinos ou lendo o livro de mórmon, para "chamar ou convidar o espírito" a estar presente na chegada e permanência do apóstolo mórmon. Achei isso um absurdo. Tudo bem, ficar em reverência durante a reunião, mas estar uma hora antes em reverência já seria um caso exacerbado de fanatismo religioso.
São exemplos assim, que as religiões vão se enquadrando no fanatismo e "loucura" de achar que estão servindo e agradando a Deus somente pelas aparências externas. As aparências mundanas são muito valorizadas pelas religiões. Luxo, clamor, ostentação, presunção, achar que são os melhores e únicos verdadeiros, são características lógicas de fanatismo religioso.
O marketing, como você citou em seu post, é muito utilizado pela maioria das religiões. Usam a TV, o rádio, missionários, músicas, panfletos, evangelização de porta em porta, etc para tentar convencer as pessoas que elas estão erradas e que só indo ou se convertendo para a religião delas é que as pessoas serão salvas.
O marketing utilizado pela Alemanha nazista ainda vigora: "repetir milhares de vezes uma mentira até que o povo se convença que é verdade". (tática de Joseph Goebbels - general nazista).
Na minha opinião liderança não tem nada a ver com o que as religiões pregam e ensinam.
Liderança é seguir a Jesus Cristo e procurar ajudar nosso próximo sem esperar recompensas nesse mundo.
Jesus andou pelo velho mundo e jamais acumulou riquezas e pertences. Uma túnica em baixo de sua cruz, foi isso que os soldados romanos tinham em mãos. Não tinha dinheiro, títulos terrenos, riquezas, ouro, prata, pedras preciosas, nada disso. O mais importante: ele, Jesus tinha feito por nós em nome do Pai, dado sua vida para nos salvar e nada mais nesse mundo era importante do que o sacrifício dele em prol da humanidade.
Os lideres religiosos deveriam ver isso, observar Jesus e procurar segui-lo, ao invés de ficarem acumulando riquezas terrenas, explorando o povo humilde, cobrando dízimos, construindo shoppings milionários,fazendas, reservas de caça, igrejas enormes, templos de luxo e vivendo uma vida de ostentação e riquezas, deveriam ver o que Cristo ensinou sobre humildade e acúmulo de riquezas. Isso vale para todas as religiões, não só para os mórmons. A maior riqueza que podemos acumular é nos céus e não aqui na terra, onde a traça corrói e o ladrão rouba.
O problema com a religião é que o orgulho em afirmar uma resposta absoluta é considerada superior à humildade do questionamento contínuo.
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