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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

CHARLES ANTHON E OS CARACTERES

Joseph Smith, num esforço para provar a veracidade do Livro de Mórmon, afirmou em “Pérola de Grande Valor”, na parte Joseph Smith – História, versículos 62, 63, 64, que o Professor Charles Anthon verificou os caracteres que ele (Smith) copiou numa folha na língua “egípcio reformado” e descreveu os acontecimentos da seguinte forma:

“Mediante essa ajuda oportuna, pude chegar ao lugar de meu destino, na Pensilvânia; e, imediatamente após minha chegada, comecei a copiar os caracteres das placas. Copiei um número considerável deles e, por meio do Urim e Tumim, traduzi alguns, o que fiz entre os meses de dezembro, quando cheguei à casa de meu sogro, em fevereiro do ano seguinte. Nesse mesmo mês de fevereiro, o já mencionado Sr. Martin Harris veio a nossa casa, tomou os caracteres que eu havia copiado das placas e partiu com eles para a cidade de Nova York. Quanto ao que aconteceu em relação a ele e aos caracteres, refiro-me ao seu próprio relato dos acontecimentos, como me contou quando de seu regresso, e que é o seguinte:
“Fui à cidade de Nova York e apresentei os caracteres que tinham sido traduzidos, assim como sua tradução, ao professor Charles Anthon, famoso por seus conhecimentos literários. O professor Anthon declarou que a tradução estava correta, muito mais que qualquer tradução do egípcio que já vira. Mostrei-lhe então os que ainda não haviam sido traduzidos e ele disse-me serem egípcios, caldeus, assírios e arábicos; e acrescentou que eram caracteres autênticos. Deu-me uma declaração, atestando ao povo de Palmyra que eram autênticos e que a tradução, como fora feita, também estava correta. Peguei a declaração e coloquei-a no bolso; estava saindo da casa quando o Sr. Anthon me chamou e perguntou-me como soubera o jovem que havia placas de ouro no lugar onde ele as encontrara. Respondi-lhe que um anjo de Deus lho revelara.”

Este mais tarde provou ser uma grande mentira, como o professor Anthon escreveu numa carta a E.D. Howe, que ele nunca disse tal coisa. Os Mórmons nunca foram capazes de refutar esta carta ou qualquer pesquisa de Howe. Um trecho da carta de refutação do professor Anthon, sendo a tradução livre do inglês para o português feita por mim, diz o seguinte: 

Nova Iorque, 17 de fevereiro de 1834
Sr. E.D. Howe
Painesville, Ohio

Caro senhor, recebi esta manhã um pedido seu e no mesmo instante, não perdi tempo em responder-lhe. Toda a história sobre eu ter emitido uma introdução Mormonita alegando serem “hieróglifos de egípcio reformado” é completamente falsa. Alguns anos atrás, um simples fazendeiro e, aparentemente, simples de coração, apareceu-me com uma nota do Dr. [Samuel L.] Mitchell de nossa cidade, já falecido, me pedindo para decifrar, se possível, um papel, que ele iria me entregar, e que o Dr. Mitchell confessou-lhe que tinha sido incapaz de entender. Ao examinar o papel em questão, logo cheguei à conclusão de que era tudo um truque, talvez uma brincadeira. Quando eu perguntei a essa pessoa, que os trouxera, como ele obteve os escritos, ele me deu, tanto quanto me lembro agora, a seguinte informação: um "livro de ouro", que consiste de uma série de placas de ouro, presas juntas na forma de um livro de fios do mesmo metal, tinha sido desenterrado na parte norte do estado de Nova York, e junto com o livro, havia um enorme par de "óculos de ouro"! Estes óculos eram tão grandes que, se uma pessoa tentasse olhar através deles, os seus dois olhos teriam de se concentrar apenas para uma lente, os óculos em questão eram demasiadamente grandes para a largura da face humana. Quem examinasse as placas através dos óculos, seria capaz não só de lê-las, mas de entende-las totalmente o seu significado. Todo este conhecimento, no entanto, era exclusivo e estava limitado, naquele momento, a um jovem, que recebera uma espécie de arca, contendo o livro e os óculos. A posse era exclusividade dele. Este jovem se colocava atrás de uma cortina, no sótão de uma casa de fazenda, e, sendo assim, ficava escondido da vista das pessoas. Ele colocava os óculos de vez em quando, ou melhor, ele olhava através de uma de suas lentes, decifrando os caracteres do livro. Depois de ter anotado alguns deles numa folha de papel, entregava as cópias de trás da cortina, para quem estivesse do lado de fora. Nem uma palavra, no entanto, foi dito sobre as placas terem sido decifradas pelo "dom de Deus". Toda a tradução, desta maneira, fora efetuada pelo grande par de óculos. O fazendeiro acrescentou-me, que tinha sido solicitado a contribuir com uma soma em dinheiro para a publicação do "livro de ouro". O seu conteúdo, como ele me assegurou, produziria uma mudança completa no mundo e o salvaria da ruína. Esses pedidos era extremamente urgentes, tão urgentes que ele estava disposto e pretendia vender a sua fazenda e entregar o valor recebido para aqueles que queriam publicar as placas. Como última medida de precaução, no entanto, ele resolveu ir para Nova York, e obter a opinião dos eruditos sobre o significado do papel que ele trouxera com ele, e que lhe tinha sido dado como parte do conteúdo do livro, ainda sem tradução e que tinha sido feita na época pelo jovem, com os óculos. Ao ouvir essa história estranha, eu mudei a minha opinião sobre o papel e, em vez de vê-lo mais como uma brincadeira sobre o aprendido, comecei a considerá-lo como parte de um esquema para enganar o fazendeiro e roubar-lhe o seu dinheiro, e eu comuniquei minhas suspeitas a ele, advertindo-o para ter cuidado com trapaceiros. Ele solicitou um parecer meu, por escrito, o que naturalmente recusei em fazer, e então ele se despediu levando o papel com ele. Este trabalho que ele me apresentou, de fato, era um rabisco singular. Consistia de vários tipos de caracteres tortos dispostos em colunas. Evidentemente que esse trabalho fora feito por alguém, que tinha diante de si, um livro com diversos alfabetos, para que pudesse copiá-los. Havia letras gregas e hebraicas, cruzes e floreios, tinha letras romanas invertidas ou de lado, cujo escriba as tinha organizadas em colunas perpendiculares, ao todo terminou num delineamento rude de um círculo dividido em vários compartimentos, adornado com várias marcas estranhas e, evidentemente copiadas após o calendário mexicano dado por Humboldt, mas copiado de modo a não trair a fonte de onde foi derivada. Em particular, quanto ao conteúdo do trabalho, na medida em que eu frequentemente conversava com meus amigos sobre o assunto, uma vez que o sentimento à causa Mormonita começou, e bem me lembro que o papel continha qualquer outra coisa, como "hieróglifos egípcios." Algum tempo depois, o mesmo agricultor me fez uma segunda visita. Ele trouxe-me o livro de ouro da gráfica que o imprimiu, e ofereceu-me para a venda. Recusei a compra. Ele, então, pediu permissão para deixar o livro comigo para um exame. Recusei em recebê-lo, apesar de notar a sua estranha urgência. Eu o adverti uma vez mais, conforme expus-lhe a minha opinião, de que praticaram-lhe uma grande malandragem e que ele havia caído, e perguntei-lhe o que tinha acontecido com as placas de ouro. Ele me informou que elas estavam guardadas em sua arca, juntamente com o grande par de óculos. Eu tentei persuadi-lo conforme minhas convicções, a me deixar ver a arca. Ele me disse que eu traria a “maldição de Deus" sobre mim. Eu respondi-lhe que poderia fazer esse trabalho, e correria todos esses riscos, meu objetivo era somente livrar este homem das garras dos trapaceiros. Então ele foi embora e me deixou só.
Tenho, portanto, uma declaração completa de tudo o que eu sei a respeito da origem do mormonismo, e peço-lhe, como um favor pessoal, de publicar esta carta imediatamente, você deverá encontrar o meu nome mencionado novamente por esses fanáticos miseráveis.
Respeitosamente,
CHAS. ANTHON
ED Howe, esq. Painesville , Ohio
pp. 377-381 início Mormon Documents vol. 4 Dan Vogel

Todos os linguistas de renome, que examinaram as evidências Mórmons, as rejeitaram como míticas. Facilmente deixo uma pergunta aos membros mais exaltados em rebater as evidências apresentadas: como é que o Livro de Mórmon, que fora hipoteticamente traduzido a partir de caracteres denominados “egípcio reformado”, língua que nenhum homem podia traduzir, fora facilmente reconhecida por um homem de Nova Iorque? E como este homem poderia afirmar que a tradução era correta? Se homem nenhum poderia ler os caracteres? Confio mais na carta de Charles Anthon a E.D. Howe do que nos escritos de Pérola de Grande Valor.

 Foto por Mathew Brady



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