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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

BATISMO PELOS MORTOS

A Igreja Mórmon acredita que os espíritos das pessoas falecidas, que não ouviram o evangelho mórmon, não podem entrar no Reino Celestial. Para dar esta oportunidade aos mortos, um homem vivo é batizado em seu lugar, por procuração.

Esta cerimônia pode ser realizada apenas dentro dos templos mórmons, e apenas por mórmons que sejam dignos e paguem o dízimo integral mensalmente.



COMO É FEITO O BATISMO PELOS MORTOS

Talvez a característica mais marcante dentro de um templo Mórmon é a pia batismal, suficientemente grande para acomodar várias pessoas de pé na água até a cintura.



A pia repousa sobre as costas de doze bois esculpidos em tamanho natural, e em uma sala especial. É ali que o batismo pelos mortos são realizados.

Os representantes dos falecidos são geralmente adolescentes mórmons, que viajaram de suas casas em grupo (caravana) para o templo. 




Vestidos de branco, (um macacão, fornecido pelo próprio templo), eles esperam em fila para entrarem nas águas da pia batismal, um a um. 




Nesse processo, são submergidos por um portador do sacerdócio, responsável pelo batismo, que realiza antes uma breve oração batismal: 


"Irmão/Irmã .........

"Tendo sido comissionado por Jesus Cristo, eu te batizo em lugar e a favor de ....., falecido(a). Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.''

O nome da pessoa morta é lido a partir de uma lista um pouco antes da imersão. Um mórmon pode ser batizado rapidamente e sucessivamente no lugar de dez ou quinze pessoas falecidas.


Após o batismo, dois outros portadores do sacerdócio confirmam os recém-batizados falecidos como membros da Igreja Mórmon e conferem-lhes o 'dom do Espírito Santo'.


Esse processo é semelhante ao mesmo realizado aos recém-batizados na igreja, onde Élderes colocam as mãos sobre a cabeça de cada representante. Essas duas ordenanças são coordenadas por oficiantes do templo.



As diferenças consistem na oração (em lugar e a favor de ....., falecido(a).), e no número de ordenanças recebidas por pessoa. Por exemplo, se o membro se batizou por 15 falecidos, ele receberá, por estes 15 falecidos, a confirmação do Espírito Santo.


A confirmação é realizada com 3 homens impondo suas mãos na cabeça do irmão/irmã, e a oração é realizada por um deles. Ela é a seguinte:


"Irmão/irmã....


Tendo sido comissionado por Jesus Cristo, nós colocamos nossas mãos sobre tua cabeça para, em nome de ......, falecido, confirmar-te um membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e assim dizemos: receba o Espírito Santo. Amém."


Centenas de tais batismos e confirmações podem ser realizados em poucas horas. É uma forma eficiente e a operação funciona como linha de produção.


Após todas as confirmações, os irmãos são chamados para receberem, em nome dos falecidos, o Sacerdócio de Melquisedeque.


A seguir, encontra-se a oração:


"Irmão ....(nome do vivo)


Tendo autoridade, eu coloco minhas mãos sobre tua cabeça para conferir-lhe o Sacerdócio de Melquisedeque, para ordernar-te Élder na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em nome de ...., que está morto, e selo sobre ti toda bênção pertencente ao chamado do Sacerdócio de Melquisedeque. Em nome de Jesus Cristo, Amém"


ORIGEM DA DOUTRINA DO BATISMO PELOS MORTOS


Esta idéia particular de uma pessoa viva ser imersa em lugar de outra já falecida se encontra na história de Joseph Smith.



"Crisóstomo afirmava que os Marcionitas (discípulos de Marcião) praticavam o batismo pelos mortos:


"depois que um catecúmeno morria, eles colocavam um homem vivo debaixo da cama do morto e indo até este, indagavam-lhe se desejava ser batizado. Como ele não podia responder, o outro respondia em seu lugar, e então eles batizavam o vivo em lugar do morto". 


A Igreja, sem dúvida, naquele tempo era degenerada e a forma particular devia ser incorreta, mas isto está muito claro nas Escrituras, tanto que Paulo, falando da doutrina, diz: 


"Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos?" (1 Coríntios 15:29). (History of the Church, 4:599).


Os eruditos da Bíblia estão divididos quanto à significação deste verso. Os Mórmons, é claro, crêem que se aplica ao serviço do templo, onde uma pessoa viva é batizada em favor da outra já falecida. Porém, mesmo que este verso se aplicasse a uma pessoa viva sendo batizada por outra qualquer, como os mormons garantem, isso não prova que os fiéis cristãos o praticassem. 


Paulo não diz que "nós" somos batizados pelos mortos, mas que "eles" são batizados pelos mortos. O uso do vocábulo "eles", em vez do vocábulo "nós", poderia fazer uma enorme diferença no significado desta declaração. 


Se alguém perguntasse: 


"Por que eles oram pelos mortos, se os mortos de modo nenhum ressuscitam?" 


isso não significaria que eles endossam a doutrina católica da oração pelos mortos. Se, contudo, uma pessoa faz a declaração:


"Então por que devemos orar pelos mortos, se os mortos de modo nenhum ressuscitam?" Entenderíamos que ela crê na oração pelos mortos. (ver Jerald and Sandra Tanner, The Changing World of Mormonism, p. 153).


Charles R. Hield e Russell F. Rolston apresentam uma excelente discussão sobre este verso, reforçando o ponto levantado pelos Tanner:


"Uma cuidadosa leitura desta carta mostra que o apóstolo Paulo escreve aos santos de Corinto, usando pronomes "eu", "nós", "vós" e "tu" ao referir-se a eles e a si mesmo nesta mensagem. Mas quando ele menciona o batismo pelos mortos, ele muda para o pronome "eles"- "O que eles farão?" - "Por que então se batizam pelos mortos". 


"No verso seguinte ele volta ao uso dos pronomes "nós" e "vós". Então, ele parece se dissociar e aos santos justificados dos métodos usados por aqueles grupos, que, nesse tempo, estavam praticando o batismo pelos mortos.


"O apóstolo Paulo não induzia os crentes a praticar tal princípio, nem sequer aconselhava isso. Ele simplesmente usou o caso como ilustração. 


"Paulo não adorou 'o deus desconhecido' dos pagãos por ter encontrado um altar a ele dedicado (Atos 17:23)... Não há menção alguma de batismo pelos mortos na Bíblia, antes de Paulo, e nenhuma depois dele. Paulo, bem como os demais apóstolos, em vez de endossar o batismo pelos mortos e depois o praticar, pareceu ter exercido uma influência contrária sobre esta ordenança, uma vez que ela era realizada somente entre os hereges.


"A Bíblia não contém uma doutrina específica autorizando esta ordenança. Cristo não a menciona, nem qualquer um dos apóstolos, exceto Paulo, o qual fez apenas uma referência indireta à mesma." (Batismo Pelos Mortos, Independence Mo, Herald Publisher House, 1951, ps. 23-24).


O fato de Cristo jamais ter mencionado o batismo pelos mortos é uma forte evidência de que esta doutrina estava ausente na Igreja Cristã Primitiva. 


Uma outra explicação razoável para este versículo (existem várias) é a de que Paulo não ratifica tal prática; pelo contrário, usa o exemplo de uma prática sem fundamento bíblico praticada pelos seus oponentes em Corinto para mostrar a sua incoerência. O verdadeiro sentido da morte é explicado por Paulo logo a seguir no versículo 31. 


A incoerência dos oponentes de Paulo está no fato de negarem a ressurreição e, no entanto, aceitarem o batismo pelos mortos. Tal batismo era praticado pelas seitas heréticas dos marcionitas e montanistas. Em 393 a.C. o concílio de Hipona proscreveu tal prática.


Em 1857, o presidente Woodruff informou que ele tinha feito batismo pelos mortos por procuração mais de cem vezes a favor de homens eminentes como João Wesley, Colombo, etc. Ainda, apenas no decorrer do ano de 1962, a Igreja registrou 2.566.476 batismos pelos mortos (Whalen, O Caos das Seitas)



Orson Pratt admite que a Bíblia não contém qualquer informação quanto ao fato do batismo pelos mortos ser realizado. Sua desculpa para a Bíblia não conter esta informação é que ela provavelmente se extraviou ou foi retirada da Bíblia. Ele afirma:

"A doutrina do batismo pelos mortos deve ter sido bem entendida por eles... Se não, quando, ou de que modo, a doutrina foi comunicada à eles? Ela podia ter sidopreviamente escrita para eles. Ela deve ter sido tão importante quanto o batismo pelos vivos. 


A Palavra, escrita ou não, de Deus com a qual a Cristandade está familiarizada, nos informa algo sobre como esta cerimônia é efetuada? Ela informa quem deve oficiá-la? Quem é o candidato em lugar do morto? Que classe de mortos deve ser beneficiada?


Escritura e a Tradição nos informam em que esta doutrina particular do batismo pelos mortos afetará a sua ressurreição? Elas informam se o batismo pelos mortos pode ser administrado em todos os lugares, ou somente numa fonte batismal, num templo consagrado para esse propósito? Todas estas importantes indagações permanecem sem resposta nas escrituras e na tradição". (Orson Pratt Works, 1891, p. 205).


Os membros da igreja SUD têm um zelo muito grande pelo serviço em favor dos mortos, crendo, como o fazem, que estão salvando os seus ancestrais. 


O Presidente John Taylor dizia: 



"... Somos as únicas pessoas que sabem como salvar nossos progenitores... Somos de fato os salvadores do mundo, se realmente eles são salvos." (Journal of Discourses 6:163). 


O Presidente Wilford Woodruff sentia que havia salvo John Wesley, Colombo e todos os Presidentes dos Estados Unidos, exceto três:


"... duas semanas antes de sair de St. George, os espíritos dos mortos se reuniram ao meu redor, desejando saber por que não haviam sido redimidos...Eram eles os signatários da Declaração da Independência e ficaram esperando por mim durante dois dias e duas noites.


"Eu fui direto até a fonte batismal, chamei o irmão McAllister para me batizar pelos signatários da Independência e outros 50 homens eminentes, num total de 100, inclusive John Wesley, Colombo e outros. Em seguida eu o batizei em lugar de todos os Presidentes dos Estados Unidos, exceto três, e se a causa deles for justa, alguém fará o serviço por eles" (Journal of Discourses, 19:230, September 16, 1877).


Texto baseado em Dennis A Wright

Jornal "The Evangel", edição março/abril, 1998

Extraído de: http://investigacoessud.blogspot.com.br/2009/12/doutrina-sud-7-os-templos-e-o-batismo.html

9 comentários:

  1. Infelizmente a falta de embasamento bíblico deste ou qualquer ensinamento da igreja mórmon não é problema para os seguidores, uma vez que acreditam nas revelações do "profeta vivo". A partir do momento que a pessoa é convencida disso, pronto, ela acredita em qualquer coisa que algum profeta tenha dito. Um dos momentos que me levaram a questionar fortemente esta doutrina, foi durante uma aula de princípios do evangelho, o qual eu já ministrava há 1 ano, quando fui impedida pelos missionários a explicar sobre esta doutrina porque a pessoa "ainda não estava preparada". Isso me levou, não imediatamente, mas com o tempo, a observar e a refletir sobre as acusações de "lavagem cerebral". A verdade é que os mórmons são encorajados a ouvir apenas o que convém (geralmente doutrinas comuns a toda religião cristã) até que adquira um testemunho sobre o livro de mórmon e Joseph Smith. A partir daí, as doutrinas "bizarras" são engolidas mais facilmente... Estejam embasadas na Bíblia ou não.

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    1. Exatamente isso! Quando os membros da Igreja percebem que os membros novos ou investigadores da doutrina aceitam o básico imposto a eles, é o momento de encherem suas mentes com as mais absurdas doutrinas. E o pior, quando vão ao templo pela primeira vez, a maioria absoluta não sabe de nada do que encontrarão lá dentro.

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    2. Não posso concordar com o que foi dito. Sou membro de A Igreja há mais de 30 anos e nunca fui impedido de perguntar ou explicar qualquer doutrina da igreja. Concordo sim que para um membro novo, muitas doutrinas podem ser difíceis de entender no inicio, mas isso ocorre também com a bíblia. Por exemplo, não raramente encontramos membros que manifestam dificuldade para entender Isaias. Muitos outros membros que ainda não possuam um testemunho da igreja, se afastam ou enfraquecem por qualquer situação aparentemente atípica, delicada talvez. Contudo isso sempre ocorreu desde os tempos de Cristo. Não creio que um membro que entenda as escrituras e a doutrina da igreja possa crer em lavagem cerebral ou qualquer outra idiotice semelhante. E é verdade, exatamente como disse Paulo, o evangelho para os fracos na fé podem parecer LOUCURA; com certeza ele tinha razão.

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  2. Infelizmente a falta de embasamento bíblico deste ou qualquer ensinamento da igreja mórmon não é problema para os seguidores, uma vez que acreditam nas revelações do "profeta vivo". A partir do momento que a pessoa é convencida disso, pronto, ela acredita em qualquer coisa que algum profeta tenha dito. Um dos momentos que me levaram a questionar fortemente esta doutrina, foi durante uma aula de princípios do evangelho, o qual eu já ministrava há 1 ano, quando fui impedida pelos missionários a explicar sobre esta doutrina porque a pessoa "ainda não estava preparada". Isso me levou, não imediatamente, mas com o tempo, a observar e a refletir sobre as acusações de "lavagem cerebral". A verdade é que os mórmons são encorajados a ouvir apenas o que convém (geralmente doutrinas comuns a toda religião cristã) até que adquira um testemunho sobre o livro de mórmon e Joseph Smith. A partir daí, as doutrinas "bizarras" são engolidas mais facilmente... Estejam embasadas na Bíblia ou não.

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  3. Moderado:

    Dragão Feroz disse: 21 de outubro de 2016 às 17:37

    Tem que fumar muito crack pra ser mórmon

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    1. Tudo o que se faz em intencao em honra do Senhor deve ser respeitado...
      Portanto não julgue as religiões...Cabe à Ele receber e como julgar as não nossas intenções!!!!

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  4. Sobre o " batismo pelos mortos" vcs dizem : o morto ressuscita com o batismo ?
    Claro que não...pois a ressureição quem nos dá é Deus...mas a intenção (eu vejo assim) dar oportunidade ao espirito de "se lavar" de seus pecados e assim ter a oportunidade...a alegria de ressuscitar um dia...
    Gente o que vale é a intenção...acho que os mórmons fazem esse trabalho convictos de que estão ajudando ao seu próximo se salvar....e se é ou não válido pra o Senhor ....o Senhor é que sabe....
    Não sou mórmon mas respeito os trabalhos vicarios deles....
    O mal é que toda a religião se julga a certa e as outras não...Então ....cuidemos dos nossos espíritos para um dia merecermos morar com o nosso PAI...POIS é isso que Ele quer....

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    1. O problema reside em que os membros de A igreja de Jesus Cristo são desafiados desde o inicio a ler a doutrina, orar e perguntar a Deus se aqueles coisas são verdadeiras. Isso porque ao contrario do que muitos dizem a Igreja de Jesus cristo se baseia 100% em Cristo e portanto acredita que os membros possam ter um relacionamento tão próximo a Ele em que possam conversar com Ele e sentir a manifestação do Espirito em suas dúvidas sobre em que acreditar ou não. Então, quando um membro de A igreja afirma ser ela a ÚNICA e VERDADEIRA igreja de Cristo sobre a terra, não tome isso como arrogância, mas como testemunho real de estudo e fé, porque foi ELE que disse que HÁ UM SÓ SENHOR, UMA SÓ FÉ E UM SÓ BATISMO, não milhares como existem e são praticados hoje em dia.

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  5. O espírito de uma pessoa, quando desencarna, continua possuidor do livre-arbítrio, de inteligência, dos conhecimentos e inclinações para suas virtudes e vícios adquiridos na mortalidade. Uma vez que o batismo pelas águas é essencial à salvação no Reino de Deus, e não tendo aquele espírito a oportunidade de conhecer Jesus, durante sua vida mortal, podemos nos batizar em favor desse espírito, pela autoridade do verdadeiro Sacerdócio de Deus, e esta ordenança será validada nos Céus, se aquele espírito aceitar o convite batismal, que será apresentado a ele naquela esfera para onde iremos todos nós.
    TODOS os espíritos desencarnados que não tiveram a oportunidade de conhecer e seguir Jesus Cristo na mortalidade, ouvirão seu chamado, através de seus Servos comissionados no Mundo dos Espíritos, independente de quais tenham sido suas crenças nesta vida. Só existe um batismo, feito por imersão e pela devida autoridade do Sacerdócio.

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