Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acontecem alguns fatos que, certamente merecem registro. Parece loucura, mas não é. É realidade presenciada e comprovada.
Os fatos a seguir foram presenciados e comprovados. O primeiro, eu mesmo presenciei no final dos anos 90 na Estaca Lages, no Estado de Santa Catarina. O caso foi assim: Na formação da Estaca estiveram presentes o Presidente da Área Brasileira Dallas N. Archibald. Ele era membro do Quórum dos Setentas. Juntamente com ele, estavam presentes o Presidente da Missão Brasil Florianópolis, Lynn P. Wallace. E o recém chamado Setenta-Autoridade de Área Adelson de Paula Parrella.
Na ocasião da escolha do novo Presidente, quero dizer, do primeiro Presidente dessa nova Estaca, eles disseram para mais de 900 pessoas que tomaram a decisão em unanimidade, através do "reconhecido sentimento pelo Espírito Santo" de que estavam fazendo a escolha correta.
Escolheram um homem, dentre vários entrevistados. Alguns portadores do sacerdócio de Melquisedeque nem foram entrevistados. Foram dispensados porque, segundo esses líderes "o sentimento foi muito forte", apontando para o nome do escolhido.
Só que o tal Espírito Santo não informou para os três que esse homem que eles estavam escolhendo era um adúltero. Ele tinha uma amante há tempos e não revelou na entrevista para a liderança que o entrevistou.
O tempo passou. Quase um ano! Alguém da Estaca Lages descobriu a traição e denunciou à Presidência de Área Brasileira. Mandaram para Lages novamente o Setenta-Autoridade de Área Adelson de Paula Parrella para reorganizar a Estaca Lages. Ela era uma Estaca nova. Não tinha um ano de atividades e já precisava ser reorganizada.
Chegando em Lages, o Presidente foi desobrigado e excomungado. Chamaram um novo Presidente. Houve uma grande reunião no sábado à noite com a presença dos membros da Estaca e esse Setenta. Esse líder falou muito mal de nós (na ocasião, membros ativos) para nós mesmos. Ele chamou-nos de fofoqueiros, como se quisesse também nos excomungar a todos.
Eu achei muito estranha aquela atitude. Além de ser consertado o erro de chamar um adúltero, ainda o delator, praticamente ficou desmoralizado perante todos, como um fofoqueiro, uma pessoa sem caráter. Me deu a impressão de que a Presidência da Área Brasileira preferia que o Presidente adúltero permanecesse no cargo por um longo tempo.
Eles tinham vergonha de ficar comprovado de que o "Espírito Santo" que tinha inspirado eles na escolha, na verdade, não passava de apenas um "sentimento de chute" por causa da situação profissional e financeira do candidato. Ele estava acima dos demais entrevistados.
O outro caso eu retirei do grupo do Whatsapp numa experiência relatada por um membro. Um jovem estava saindo para a Missão de tempo integral em São Paulo. Depois de todos os trâmites burocráticos com “papéis”, chegou finalmente o dia de uma entrevista mais detalhada.
Antes dessa entrevista, um membro da Estaca, da mesma Ala do jovem postulante a missionário denunciou que sabia de um “pecado” sexual grave desse rapaz. Algo que o impediria de sair em missão.
Na entrevista, esse jovem confessou ao Presidente da Estaca que havia tido um relacionamento com uma jovem e que eles “fizeram sexo”. Mesmo confessando, o Presidente deu prosseguimento com os trâmites e ele foi para a sua missão de tempo integral.
Já o delator, aquele que denunciou o pecado foi chamado e excomungado da Igreja. A duas situações foram parecidas. Deu-me a impressão de que era preferível não saber dos “erros”. Era mais cômodo permanecer com os olhos vendados. quem sofreu nessas histórias? Os delatores. Que doideira!
Membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, não caiam nessa emboscada. Se souberem de algo, entendam que uma delação ou denúncia poderá trazer-lhes vossa excomunhão. Acreditem em mim, o prejuízo será maior para vós. Meu nome é Antonio Carlos Popinhaki. Fui membro dessa corporação por longos dezoito anos e sei bem do que falo ou escrevo no tocante a estes assuntos.
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