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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CARIDADE? EU FAÇO, MAS QUERO SAIR NA TV!


Uma coisa da qual sempre fui inconformado nos meus anos na igreja Sud, foi o fato de que os mórmons não fazem nada, ou fazem bem pouco pelos pobres e necessitados. A caridade é falha.
Sempre questionei o fato de outras instituições como os espíritas, os católicos, os evangélicos e os maçons realizarem com tanto empenho seus trabalhos de caridade. Eles estão muito envolvidos com a prática deste principio. Porém, não faz parte do cotidiano mórmon tais obras e quando algo acontece é tão raro que costumam ficar perdidos na ocasião.
Alguns suds podem argumentar que a igreja realiza sim, um trabalho de caridade como, por exemplo: o mãos que ajudam. (Na verdade nem me lembro de outro)
Entretanto isto que a igreja faz não é caridade, mas sim, uma campanha publicitária, uma jogada de marketing, com o propósito final de tornar a igreja mais conhecida e respeitada principalmente entre os empresários, políticos e a mídia.
Em Mateus 6:1-4, Lemos:
1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.
Entretanto, a igreja só se envolve com a caridade se houver publicidade. Sempre procurando a cobertura da mídia para os seus projetos, que são pontuais não passando de dois ou três por ano. Para a igreja de Joseph Smith (o caçador de tesouros), cujo sua organização segue os padrões das grandes corporações internacionais, que é dona de empresas, bancos, que possui uma quantidade invejável de imóveis e carros de luxo e que seus principais lideres (executivos) hospedam-se nos melhores e mais caros hotéis do mundo, que é detentora de um patrimônio bilionário, a caridade se faz da seguinte forma, conforme eu observei de dentro da igreja:

Para o mundo ver - Cuida de alguma praça ou escola publica por um dia, com a presença da imprensa local;
Doa cadeiras de rodas para alguma instituição, mas, faz em um evento publico com a presença de políticos;
Chama a imprensa para mostrar os suds passando o dia em um asilo ou creche;
Realiza uma campanha anual em parceria do Mcdonalds, onde missionários trabalham de graça na maior rede de fast foods do mundo;
É parceira da Rede Globo (sem comentários);
Quando não são vistos - Se um sud, dizimista integral por toda a vida passar por alguma dificuldade e procurar ajuda financeira da igreja ela vai mandá-lo pedir primeiro a ajuda dos parentes (mesmo aqueles que ele não vê há anos) amigos, ou se desfazer de algum bem que tiver;
Se vier a ajudar irá humilhá-lo pedindo que em troca o membro corte a grama da capela, lave as caixas d’água, limpe os ventiladores de teto, e coisas do gênero;
Também terá que suportar o fato humilhante de que todos os membros da ala ficarão sabendo.
Este membro passará a ser considerado um estorvo, uma pedra no sapato da ala;
Grande parte das famílias com dificuldade, não são amparadas pela igreja e não são bem vistas pelos lideres.
Quando eu era bispo, havia uma família na minha ala que vivia numa casa muito precária, sem banheiro descente, sem muros, não tinha pia na cozinha, tinha o telhado muito baixo com telhas de amianto que esquentava muito, entre outras coisas. Aquela situação sempre me incomodou principalmente pelos filhos que tinham, dois rapazes e uma moça. E eu via que eles ficavam muito constrangidos com aquela situação.
Bom, comecei a pensar numa maneira para ajudá-los a ter um pouco de conforto. Tentei com o sacerdócio da ala e por um semestre deixei nas mãos deles, dos “homens fortes da ala” e nada. Juntaram R$ 60,00 e me entregaram. Em seis meses foi o que fizeram. Procurei então a estaca e me disseram que não tinham nada especifico que pudessem fazer, mas que eu deveria procurar com o bispo responsável pelo bem-estar da estaca. E mais uma vez, nada. Ele me deu um telefone do líder de bem-estar da área. Um senhor americano que era o responsável e me informou que não era bem disso que ele tratava em seu chamado. Que talvez tivessem me informado mal do seu papel.
Na verdade, o que eu queria era descobrir se em algum lugar havia alguém na igreja que pudesse me ajudar a ajudar aquela família e não para a minha surpresa descobri que não havia ninguém. E vivenciei o famoso jogo de empurra-empurra eclesiástico típico na seita Sud.
Resumindo, eu não podia usar do fundo de jejum da ala para esse tipo de problema. No comitê de bem-estar da ala não consegui nada além dos R$ 60,00 em seis meses, na estaca não podiam me dar uma ajuda “específica”. Na área me disseram que eu estava mal informado sobre o papel deles, enquanto isso aquela família seguia vivendo em más condições.
Mas o pior de tudo para mim é que durante a minha peregrinação pelas “instancias superiores” da igreja eu não consegui sensibilizar ninguém. Parecia que eu era um proletário pedindo um aumento de salário e o patrão se justificando e me tratando com frieza.
E essa experiência foi mais uma que me fez questionar se Jesus Cristo tinha mesmo alguma coisa a ver com esta igreja.
Vi estas coisas acontecerem e quando tive oportunidade tentei mudá-las, mas não consegui. É assim que a caridade Sud funciona.

Fonte:

Sobre o autor dessa Postagem!
Entrei para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há 18 anos. Fui missionário de tempo integral por 2 anos, fui Pres. do Quórum de Élderes, Sumo-Conselheiro da Estaca, Pres. da Escola Dominical, Líder da Obra Missionária, Pres. dos Rapazes, Sou formado no Seminário e Instituto da Igreja. E por último servi por 4 anos como Bispo da minha Ala. Sou casado e selado no templo, tenho filhos. Tudo caminhava naturalmente na minha vida como Sud, até que os meus olhos começaram a se abrir e as falhas na doutrina, na história e no comportamento da Igreja não se sustentaram e me afastei.

Um comentário:

  1. Caridade e uma coisa dificil na igreja mormon. Porque? porque essa igreja e uma igreja de poder, e consequentemente, ela atrai pessoas que buscam riqueza. E os pobres que necessitam ficam a ver navios.
    Lembro de uma conferencia de Estaca, a proposito essas conferencias sempre me chamou atencao por nao ser escolhido pessoas pobres, sem conhecimento secular pra dar os discursos, sao sempre os "grandes". E como nao podia deixar de ser essa conferencia de estaca nao foi diferente. Uma mulher metida a rica subiu no pulpito, eu sabia que ela era uma figura "importante" na estaca mas nunca descobri e nem me interessei em saber quem ela era ou no que trabalhava. So sei que ela com toda "elegancia" pediu que todos os missionarios de tempo integral se levantasse e falassem junto com ela em voz alta DeC secao 4. Pior que os elderes por serem mais rapidos terminaram a suposta escritura primeiro que ela.
    Ja deu pra perceber do que se tratava o discurso da cascavel, ne?
    Depois ela falou toda a tragetoria da educacao que deu ao filho, dos anos que o rapaz morou nos EUA e de tudo de bom que ela "ensinou". Se nao bastasse a soberba, ela falou mais de tres vezes que o filho estava servindo missao no Japao, parece que era pra mostrar mesmo que o filho era "fodastico."
    Nao satisfeita com a "inspiracao divina" desse discurso idiota, ela comecou a falar do bosque sagrado onde Joseph Smith teve a visao. E de como "foi ma-ra-vi-lho-so visitar Nova York. Olhou pra plateia e disse: "Voces precisam ir para Nova York, voces precisam ver com seus olhos os lugares sagrados onde nosso profeta, vidente e revelador teve a visao."
    Nessa hora eu ja estava em tempo de explodir de raiva, havia me sacrificado muito pra estar ali.Como morava longe da estaca precisava pegar dois onibus pra ir e dois onibus pra voltar, e no dia de domingo voces sabem a demora que isso e. Olhei com muito pesar pra os meus amigos que na epoca nao tinhammuitas condicoes, que absurdo! Sem contar o povo humilde que enchia os bancos com seus ouvidos atentos pra aumentar o orgulho e a soberba dessa sujeita. Eu sei que essa mulher continua la, gostaria muito que ela lesse esse relato e quero dizer que conheco Nova York de cabo a rabo e o bosque de sagrado nao tem nada, e so um mato bem cuidado. Depois dessas e varias outras experiencias ao redor do mundo jamais fiz um discurso tao pobre de conteudo igual ao teu, guardo as experiencias de viagens (e olha que sao muitas)pra mim, nao e isso que os membros precisam ouvir numa conferencia. Voce so demonstrou que e mais uma pobretona que nao esta acostumada a viajar e usa toda e qualquer oportunidade pra se gabar dos poucos feitos.Nao vou citar a estaca ou o nome dessa mulher porque se ela ler sabera muito bem que se trata do discurso dela. Essa igreja so serve mesmo pra gente rir muitooooo. Que mais podemos fazer com membros tao toscos?

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