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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

UMA HISTÓRIA INCRÍVEL!

Eu sou uma mulher, mãe de 5 filhos e avó de 12, que em breve serão 13. Eu adoro minha família e amo passar o tempo com eles sempre que posso.
Minha vida na Igreja Mórmon começou quando dois missionários bateram em minha porta, em Dorset, Inglaterra. Eu senti a sinceridade dos jovens e desesperadamente, queria ter esse testemunho forte e a paz que o seu evangelho parecia me oferecer. Depois de orar por este testemunho e não ter recebido nenhuma resposta, dobrei minhas forças e li mais e orei com um pouco mais intensidade. Apesar de ter sido ensinada que “uma geração adúltera procura por sinais” senti que era extremamente necessário, eu ter apenas um sinal, para me ajudar a tomar a decisão de entrar para essa Igreja. Eu queria acreditar no que os jovens missionários me ensinaram, e não era um “ardor no peito” um sinal? Certa noite, quando me ajoelhei em oração - ainda não tendo recebido nenhuma resposta, eu pedi a Deus para me causar algum desconforto físico, o que seria forte o suficiente para deixar-me saber que esta era uma resposta definitiva e com certeza. A dor começou na minha perna e me levantei de joelhos, na grata garantia que aderir a esta igreja fora o plano de Deus para mim (a dor na perna era completamente compreensível, considerando que eu tinha permanecido de joelhos por um longo tempo). Eu vejo agora que esta predisposição física, só para ter uma confirmação foi tão simples. Tudo o que eu queria era acreditar que eu tinha recebido uma comunicação de Deus. Fui batizado em 03 de setembro de 1967 e a partir desse momento em diante eu comecei, linha por linha; preceito sobre preceito a minha jornada para se tornar o que eu esperava ser uma mórmon exemplar.
Ao longo de 39 anos desde meu batismo mantive uma adesão fiel ao mormonismo. Eu servi como professora da escola dominical para adultos e, para a juventude. Fui professora do seminário de manhã cedo, líder das mulheres jovens, professora da Sociedade de Socorro e conselheira na presidência. Junto com meu marido, eu trabalhava no armazém dos Bispos, e no templo como uma oficiante e supervisora de limpeza. 
Senti que tinha chegado ao auge de perdão para todos os meus  pecados. Lembro que depois me arrependi disso, quando meu marido foi chamado como bispo da recém-organizada Ala Parque Sherwood II. 
Em 2002, após a aposentadoria do meu marido, fomos chamados para servirmos numa missão de casais idosos, e fomos chamados para servir na Missão África do Sul, na Cidade do Cabo, chegando em 06 de abril. No dia seguinte estávamos envolvidos num acidente como passageiros, no veículo de propriedade da missão e ficamos gravemente feridos. 
Hospedamo-nos e trabalhamos como missionários, em vez de irmos cuidar da nossa adequada recuperação. Eu ainda tenho problemas físicos por causa disso.
Depois de chegar em nossa casa, depois de terminarmos a missão, em outubro de 2003, continuei preocupada com meus amigos na África do Sul. Alguns dos quais, estavam vivendo nas condições mais adversas possíveis. 
Em 2005, mais uma vez acompanhada pelo meu marido que sempre trabalhou duro, voltamos para o município em que já tínhamos servido. Equipados com algum dinheiro e tecidos doados principalmente por bons amigos SUD. Lá, abrimos uma empresa de micro-crédito para ajudarmos as pessoas na criação de empresas de pequeno porte, o que lhes permitiria sustentar suas famílias. Nós trabalhamos neste empreendimento por seis meses, retornando para casa em março de 2006.
Este foi um ano doloroso na minha vida. Nosso segundo filho mais velho deixou a Igreja e eu fiquei tentando resolver a dissonância cognitiva que ocorreu em minha mente quanto à falta de ajuda da Igreja para nós quando estávamos envolvidos no acidente de carro na missão. Eu também me perguntei; por que havia falta de recursos financeiros oferecidos para o combate à fome e os males que afligiam os membros Africanos da Igreja? Enquanto os membros dos países ricos pareciam ter ajudas financeiras prontamente disponíveis, juntamente com o acesso aos armazéns dos bispos?
Quando me deparei com as expressões de ódio, encontrados no “The Journal of Discourses” para aquele amado povo Africano (palavras que eu nunca tinha ouvido ou lido), fiquei arrasada. Depois de ter aprendido na “doutrina Mórmon”, que tinha sido um mandamento de Deus, que os homens negros não deveriam ser autorizados a portar o sacerdócio até junho de 1978.
Orei, implorei, chorei, oficiei no templo, li as escrituras e encontrei-me de volta, na mesma posição que eu tinha estado, quando os primeiros missionários me ensinaram que a Igreja Mórmon era a única igreja verdadeira na face da terra. Eu precisava de outra confirmação, eu não queria saber apenas se ela era verdadeira ou não. Eu precisava que fosse assim. Como eu poderia admitir que estivesse errada todos esses anos? Como eu poderia dizer para o meu marido e para os meus filhos que as minhas dúvidas e perguntas ficaram sem respostas? Apenas ao pensar em deixar a igreja causou-me um crônico sentimento suicida, não podia enfrentar as conseqüências de minha descrença crescente. Então no momento em que eu senti que estava pronta para enfrentar meus medos e defender a verdade, rompi com a Igreja e em poucos meses eles aceitaram a minha renúncia através de ação administrativa.
Estou feliz com a pessoa que me tornei hoje. Eu amo as pessoas, a ciência, a natureza e o belo novo mundo que se abriu para mim. Eu ainda amo a minha família e os novos amigos. Na verdade, eu ainda amo os velhos amigos profundamente, mas temos muito pouco em comum desde que deixei a igreja.
Meu amor pela África dominou a minha vida desde 2002 e agora eu sou um membro da Fundação Stephen Lewis de Avós para Ajuda de Avós. Para a sensibilização e arrecadação de fundos para ajudar as avós como eu, que coletivamente cuidam de 14 milhões de netos órfãos pela AIDS. Eu sinto que estou dando de volta ao mundo, todo o amor e a beleza que ele me deu.
Meu nome é Jean Bodie e eu sou uma ex-mórmon. Dou minha permissão para a publicação da minha história neste blog. Seria bom ter amigos que falam português para mostrar a eles a minha história. Vou guardar essa postagem no meu Ipad para que eu possa compartilhar. Obrigada por me encorajar. Os Mórmons acham que estou por cima. O que posso fazer? Falo a verdade e se eles não gostam disso, então eles precisam mudar seus conceitos de verdade e de mentira. Um abraço Antonio.

2 comentários:

  1. Translation is not easy Antonio, but you did a very good job. Translating it back to English again presents a few kind hearted chuckles. Tissues in English is something we use to blow our noses into. We did NOT take tissues to South Africa but material/fabric for people to sew things; clothing, bedding etc.

    This is how the story was written originally for any English speaking people.

    I am a wife, mother of 5 children and grandmother to 12 – soon to be 13. I adore my family and love spending time with them whenever I can.

    My life in the Mormon Church began when two missionaries knocked on my door in Dorset, England. I felt their sincerity and desperately wanted to have that strong testimony and peace that their gospel seemed to deliver. After praying for this testimony and receiving no answer, I doubled my efforts and read and prayed some more. Despite being taught that an adulterous generation sought after signs I felt that I sorely needed just one sign to help me make the decision to join the Church. I wanted to believe what the young missionaries taught me, and wasn’t a ‘burning in the bosom’ a sign? One night as I knelt in prayer – still having received no answer, I asked God to cause some physical discomfort that would be strong enough to let me know that this was a definite answer and sure enough, a pain began in my leg and I arose from my knees in grateful assurance that joining this church was God’s plan for me (the leg pain was completely understandable considering that I had been kneeling for a very long time). I now look at this as simple confirmation bias; I wanted to believe that I had received communication from God. I was baptized on September 3rd 1967 and from that time forward I began; line upon line; precept upon precept in my journey to becoming what I hoped was a model Mormon.

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  2. Over the course of 39 years of faithful membership, I served as a Sunday school teacher to adults and youth, early morning seminary teacher, young women’s leader, relief society teacher and counselor in the presidency. Along with my husband I worked at the Bishops’ storehouse, and at the temple as an ordinance worker and cleaning supervisor. I felt that I had reached the pinnacle of forgiveness for every sin I remembered and had repented of, when my husband was called as bishop of the newly organized Sherwood Park second ward. In 2002 after my husband’s retirement, we applied to serve a senior couples mission, and were called to serve in the South Africa Cape Town Mission, arriving on April 6th. The very next day we were involved in an accident as passengers in the mission owned vehicle and were badly injured. We stayed and worked as missionaries instead of going through proper recovery and I still have physical problems because of this.

    After arriving home from the mission in October 2003, I continued to be concerned about my friends in South Africa, some of whom were living under the harshest conditions. In 2005, once again accompanied by my hard working husband, I returned to the township in which we had previously served, equipped with some money and fabric donated mostly by good LDS friends. There we started a micro credit company to help people set up small businesses, enabling them to support their families. We worked in this new capacity for 6 months, returning home in March 2006.

    That was a painful year in my life. Our second eldest son left the Church and I was left trying to sort out the cognitive dissonance taking place in my mind regarding the Church’s lack of help towards us when we were involved in the mission accident. I also wondered why there was a lack of financial resources being offered to hungry and ill African members of the Church, while members in wealthier countries seemed to have financial aid readily available along with access to bishops’ storehouses. When I came across the hateful expressions found in the Journal of Discourses towards those beloved African people (words that I had never before heard or read) I was devastated, having bought into the ‘doctrine’ that it had been God’s commandment that black men not be allowed to hold the priesthood until June 1978.

    I prayed, begged, sobbed, had a blessing, attended the temple, read my scriptures and found myself right back in the position I had been in when the missionaries first taught me that the Mormon Church was the only true church on the face of the earth. I needed confirmation; I didn’t just want it to be true, I needed it to be so. How could I admit that I had been wrong all those years? How would I tell my husband and children that my doubts and questions remained unanswered? Merely considering leaving the church caused recurring suicidal feelings; I could not face the consequences of my growing disbelief. When I was ready to face my fears and stand up for truth, I made the break from the Church and within months resigned my membership.

    I am happy with who I have become today. I love people, science, nature and the beautiful new world that has opened up to me. I still love my family and new friends so much. Actually, I still love the old friends deeply, but we have very little in common since I left the church.

    My love for Africa has dominated my life since 2002 and now I am a member of the Stephen Lewis Foundation Grandmothers to Grandmothers Campaign; raising awareness and funds to help grandmothers like me who are collectively caring for 14 million AIDS orphaned grandchildren. I feel like I am giving back to the world all the love and beauty that it has given me.

    My name is Jean Bodie and I’m an Ex Mormon.



    To learn more about the “Grandmothers to Grandmothers Campaign” click here.

    Jean has also been involved in raising awareness about temple weddings and the problems caused when family members are distanced from their loved ones during this important time in their lives.

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