HIPOTÉTICAS INUTILIDADES

A ilustração acima, mostra alguns objetos que hipoteticamente, foram escondidos numa problemática caixa de pedras, num lugar chamado Cumorah. Fui membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias por 18 anos e nunca vi razão alguma ou serventia, para que alguns dos objetos ilustrados pudessem ser preservados.

Vejamos, a espada de Labão. De acordo com os ensinamentos do mormonismo, ela foi confeccionada muito esmeradamente, cerca de 600 anos antes de Cristo. Após um homicídio ordenado pelo próprio Deus, ela foi roubada por Néfi, um profeta escolhido divinamente para vir às Américas. O crime já é cheio de contradições e para uma pessoa racional, difícil a sua aceitação. Esse Néfi, segundo seus próprios relatos, cortou a garganta de um homem público, chamado Labão e vestiu suas vestes para fugir com alguns registros e a própria espada da casa de Labão. Evidentemente que as vestes de Labão deveriam estar totalmente encharcadas de sangue. Entretanto, um dos servos deste Sr. Labão não percebeu sangue algum e seguiu Néfi para fora da cidade, pensando que Néfi era Labão. Ou seja, andaram talvez, centenas de metros só os dois e o servo não percebeu nada, mesmo conversando continuamente pelo caminho. De acordo com o Livro de Mórmon, essa espada serviu de modelo para a confecção de milhões de espadas para uso militar do povo nefita durante os mil anos que se sucederam, até que os registros foram escondidos por Morôni no tal monte Cumorah. O intrigante, é que nenhum pesquisador, historiador, antropólogo ou arqueólogo nunca encontrou indícios de metal algum datado da época descrita no Livro de Mórmon no continente americano. Pelo contrário, quando os descobridores da América aqui aportaram, encontraram índios utilizando pedras lascadas ou polidas como armamento. Nenhum metal como ferro ou aço descritos no Livro de Mórmon foi achado para comprovar essa fábula.

Hipoteticamente, mesmo que fosse verdade a versão do mormonismo, qual a serventia da dita espada para Joseph Smith Jr. (o homem que supostamente encontrou os registros) no século XIX? Na época de Smith não guerreavam com espadas e sim com armas de fogo.

O Urim e o Tumim, foi outro objeto ou objetos desnecessários para a tradução do tal livro de Mórmon. De acordo com vários relatos, inclusive de autoridades gerais da igreja contemporâneos, Joseph Smith Jr. traduzia o livro de Mórmon sem a presença das placas. Para tal feito, ele olhava para dentro de um chapéu, sem utilizar o tal Urim e Tumim como ferramenta de tradução.

O peitoral também não mostrou nenhuma serventia. O couro não resistiria por séculos numa caixa de concreto que, por certo deveria conter umidade natural por estar enterrada há séculos.

E a tal caixa de concreto? Nunca foi achada no tal monte Cumorah. A Igreja e seus líderes devem ter muita vergonha disso. Ultimamente, a liderança e os membros estão ensinando que nem o tal monte Cumorah, que hoje é propriedade da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, é de fato, o monte descrito no livro de Mórmon. Nada mais do que inutilidades!