As finanças da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias têm sido constantemente, objeto
de discussão no meio das interações entre ex-Mórmons e membros “ativos” da
seita. Há alguns anos, a revista americana Bloomberg Businessweek, de julho de 2012,
especializada em economia e negócios, publicou sobre esse assunto, inclusive
com uma estampa na capa.
O assunto foi o
mesmo dos acalorados debates entre ex-Mórmons e membros: A alta lucratividade
das empresas mantidas pela Igreja e a total falta de transparência na
divulgação dos resultados financeiros. Nenhum membro da igreja, de qualquer Ala
no Brasil sabe exatamente sobre os números dos balanços patrimoniais fechados
pelas indústrias da corporação mórmon Inc.
Quando perguntados
sobre o assunto, respondem o que ouviram seus líderes falarem. Que a Igreja não
é autossuficiente em dízimos e ofertas no Brasil. Que os dízimos não pagam nem as
despesas de manutenção e conservação das capelas, etc. e etc.
A capa estampava o
título: “Por dentro do império Mórmon”. Numa brincadeira de uma ilustração,
amplamente divulgada no meio SUD, João Batista aparece a Joseph Smith Jr. e
Oliver Cowdery. Colocando suas mãos sobre Joseph Smith Jr. e Oliver Cowdery,
diz: “…E construirás um shopping, terás ações do Burguer King e abrirás um
parque temático polinésio no Havaí, que será grandemente isento das frustrações
de impostos…”. A isso, Joseph Smith Jr. responde: “Aleluia”.
De acordo com o
historiador Dennis Michael Quinn (Foi professor na Brigham Young
University, pediu para sair do mormonismo em 1988) “as finanças da Igreja são
tão compartimentadas, que provavelmente, não há uma única pessoa, nem mesmo o Presidente
da Igreja, que saiba tudo a respeito do dinheiro possuído e
movimentado pela instituição.
Como outras
organizações religiosas nos EUA, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias tem isenções de impostos em relação ao seu patrimônio imobiliário,
assim como doações. Isso também inclui títulos financeiros doados. O candidato
derrotado à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney e outros associados na
sua empresa Bain Capital, doaram milhões de dólares em ações, entre 1997 e
2009, incluindo US$ 1 milhão da Domino’s Pizza e US$ 2 milhões
do Burger King.
As organizações sem
fins lucrativos mantidas pela Igreja às vezes parecem ser lucrativas, afirma a
revista. O Centro Cultural Polinésio, no Havaí, por ex., recolheu em 2010
US$ 23 milhões em vendas de ingresso e US$ 36 milhões em doações
livres de impostos. As isenções do complexo cultural são federais, uma vez que
localmente tribunais do Havaí consideram-no uma empresa comercial.
O Havaí também é
sede da Hawaii Reserves, empresa com fins lucrativos, que possui terras,
edifícios comerciais e residenciais e dois cemitérios.
A maior empresa comercial
de propriedade da Igreja é a Deseret Management Corp., que possui diversas
subsidiárias. A Deseret Management Corp. tem entre 2 a 3 mil funcionários
e patrimônio anual estimado em US$ 1.2 bilhões. Apesar dos fins
lucrativos, ela também conta com cerca de 1.400 voluntários, em grande
parte aposentados.
A Deseret
Management Corp. é presidida por Keith McMullin, 70 anos, que até a última
Conferência Geral era o segundo conselheiro no Bispado Presidente. Ao ser
desobrigado, McMullin foi convidado pelo presidente Monson a trabalhar na Deseret
Management Corp.
Ao todo, há 10
diretores na Deseret Management Corp.: os três membros da Primeira
Presidência, os três do Bispado Presidente, outros três
apóstolos seniores e McMullin.
As empresas
comerciais pagam 10% dos seus rendimentos à Igreja, como dízimo. Sobre o City
Creek Center, um super shopping que custou bilhões, o presidente da Deseret
Management Corp. diz, que a Igreja não tem o propósito de obter
lucro: “Haverá um retorno? (…) Sim!”
A Igreja também
possui um fundo de investimento chamado Ensign Peak Advisors, “que emprega
gerentes especializados em ações internacionais, gestão de tesouraria, renda
fixa, investimento quantitativo e mercados emergentes”. Essa parece ser a
empresa mais lucrativa e menos pública de todas. De acordo com um de seus
vice-presidentes, “bilhões de dólares mudam de mãos todos os dias”.
Empresas voltadas
ao agronegócio incluem a Sooner Cattle Co., sediada em Oklahoma e com
vendas anuais estimadas em US$ 760 mil; Agrinorthwest, com 161
subsidiárias e vendas estimadas em US$ 68 milhões anuais, sediada no estado de
Washington; Deseret Land and Livestock, que atua em Utah e Wyoming,
possuindo cerca de 8500 cabeças de gado; AgReserves, com fazendas no
Canadá, Austrália, Grã-Bretanha e América Latina.
No ramo de seguros,
a Igreja possui a Beneficial Life Insurance Company, que obteve a renda
líquida de US$ 17 milhões em 2010 e ativos avaliados em US$ 3.3 bilhões.
Como é comum no
meio dos membros da igreja, a reportagem da Bloomberg Businessweek gerou
algumas reações por parte dos membros, denunciando supostas distorções da
reportagem ou mesmo, perseguição.
O fanatismo
incorporado nos membros ditos “firmes” provoca vendas em seus olhos. Como cavalos
que usam viseiras, só enxergam o que lhes convém.
Enquanto isso, milhares de membros no Brasil e no mundo passam por privações básicas com saúde e educação e tem que tirar 10% no mínimo de seus salários mínimos suados por causa do condicionamento/adestramento emocional- cerebral que recebem aos domingos e que as fazem acreditar que essa é a vontade de Deus enquanto a cúpula arrota o caviar que esses inocentes ajudaram a comprar as custas de suas próprias privações e o pior, ensinadas que se não o fizerem serão castigados por Deus com mais privações ou com medo de não receber desse mesmo Deus bençãos. Que o Senhor conceda uma renovação de pensamento a seus filhos aqui nesse país. Como Ele mesmo diz em sua palavra: ...e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... obrigada pelo post, ajudará a divulgar fatos/verdades relevantes, mas que não são objeto de explanação nas reuniões dominicais.
ResponderExcluirAntonio Carlos Popinhaki, muitíssimo interessante sua publicação detalhada sobre a fortuna trilionária dos mórmons e mais interessante é saber que o historiador Dennis Michael Quinn deixou o mormonismo talvez porque a consciência dele não aceitar tanta coisa absurda.
ResponderExcluirSó tenho uma observação: A vida de Cristo, a quem os verdadeiros Cristãos deveriam se espelhar, sempre andou nas estradas poeirentas do velho mundo, sempre egando o amor e a caridade, dependendo da bondade das pessoas em alimentá-lo e dar abrigo, pois Ele mesmo afirmou que não tinha onde reclinar a cabeça. Não possuía riquezas terrenas, ouro, prata, dinheiro ou propriedades, e foi enfático ao afirmar que tais coisas terrenas arruínam a alma, e nos ensinos dele, o verdadeiro Mestre, somente a busca espiritual nos aproxima de Deus.