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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A IGREJA EM PRIMEIRO LUGAR. DEPOIS A FAMÍLIA


Olá acho que ainda não nos conhecemos pessoalmente. Eu achei o seu blog sobre a igreja Mórmon fazendo uma pesquisa no Google. Eu queria saber sobre os novos comentários que ouvi falar recentemente sobre as verdades que a liderança da Igreja de Jesus Cristo esconde sobre Joseph Smith.
Lendo o seu blog, eu vi que tem pessoas a favor e contra a igreja. E eu ia contar um pouco da minha opinião sobre a igreja. Eu não gosto de citar nomes, mas vou contar para você. Eu sou filho do (xxxxxxxx).
Ele já foi quase tudo na igreja. Só não foi Apóstolo. Ele serviu como Bispo, Presidente de Estaca, Representante Regional, Presidente de Missão, Líder da Missão da Estaca quando moramos em Salt Lake. Quando retornamos ao Brasil, ele foi Bispo novamente, foi Setenta e agora é oficiante do templo de Curitiba.
Minha vida se resume nisso: O meu pai é militar. Ele sempre teve cargos na igreja. Por causa da educação militar, ele é uma pessoa muito dura e exigente em nossa casa. Ele praticamente criou a gente num quartel-missionário.
Desde criança ele já nos criou nos preparando para sermos missionários. Eu não sou tão religioso como ele. Sou uma espécie de filho rebelde, dentro de uma família Mórmon. Então, nós tivemos conflitos por causa disso. Nem sempre eu estava disposto a ir para a igreja ou aceitar as tarefas que me designavam.
Eu nunca tive nada contra a igreja e nunca achei que a igreja não seria boa para a gente, mas eu discordava que eu tivesse que ser membro da igreja para viver bem e ter sucesso na vida. Discordava que somente os Mórmons poderiam ir para o Reino Celestial, quando deixassem essa vida. Discordava que fazer uma missão é uma necessidade que nós temos e não podemos negá-la.
Enfim, eu acreditava que seguir ou não uma religião é uma questão de escolha e não uma necessidade. Podemos perfeitamente vivermos bem sem nos filiarmos a nenhuma religião. Eu também não concordava que era uma obrigação aceitar fazer uma missão. E eu desde pequeno eu já sabia que eu não iria fazer.
Eu era meio tímido e eu não tinha a cara de pau de ficar batendo nas portas das casas ou abordar gente nas ruas para tentar falar sobre a igreja. Eu somente não era religioso o suficiente para querer ser um membro ativo na igreja e servir uma missão.
E desprezava as insistências do meu pai e de outros líderes da Estaca. Já tivemos vários conflitos sobre a igreja. Considero meu pai um fanático por essa igreja. Ele queria me obrigar a ir para a igreja. Ele ja ficou agressivo comigo. Já me tacou o Livro de Mórmon uma vez. Ele já até ameaçou a me agredir uma vez, porque eu não queria ir para a igreja. Eu o considero um fanático.
Eu não posso dizer que a igreja em si, é uma igreja fanática, pq eles não te obrigam a ser membro e a servir a igreja. Você serve na igreja se você quiser. Você não é obrigado. Eu considero que o maior problema era ele e não a igreja.
Enfim, eu deixei de frequentar a igreja um pouco antes de eu completar 19 anos. Chegou a um ponto que eu sentia que não tinha nada que me interessava na igreja. Eu não iria continuar indo só para fazer a vontade do meu pai. Ele ficou chateado. Mas ele aceitou, pois sabia que eu, desde pequeno, não gostava da igreja.
Eu acho interessante essa igreja, gostei de morar em Salt Lake, gostei da amizade com os missionários, mas não posso ser um membro ativo dessa igreja. Acredito que ninguém escolhe ser religioso. Isso nasce com a pessoa. Se alguem não nasceu com tendência religiosa, esqueça. Aquela pessoa nunca vai se tornar uma membro ativo de nenhuma religião.
O meu irmão mais velho, que sempre foi ativo e serviu uma missão ficou surpreso em saber “verdades” sobre Joseph Smith. “Verdades” que a igreja tentava esconder. Um membro que trabalhou mais de 20 anos nos escritórios da igreja, ele descobriu muita coisa sobre essas “verdades”, tanto de Joseph Smith, como de outras coisas que ocorriam com a liderança da igreja. Quem revelasse essas “verdades” seria excomungado, e ele foi.
Agora, ele também está com dúvidas se a igreja é realmente verdadeira. É verdade que eu não concordo que a igreja gaste tanto dinheiro na construção de templos, capelas caríssimas, e um alto orçamento para a liderança, enquanto que eles fazem muito pouco para os membros humildes.
A liderança realmente se beneficia com os fundos da igreja. Muitos trabalham para bancar o luxo de poucos missionários poderem fazer carreira religiosa.
Para finalizar o meu relato, eu só posso dizer uma coisa, se a igreja é ou não verdadeira e se vale a pena ser um membro ativo e dizimista, isso só você pode me responder. Em termos de religião, ninguém pode influenciar na sua opinião. Se você acha que precisa e acredita nisso, vá em frente. Caso contrário é sua escolha do mesmo jeito.
Eu decidi sair da igreja porque eu não tenho interesse em ter uma vida religiosa como a do meu pai. Ele praticamente se escravizou pela igreja porque ele acredita que quando morrer vai ressuscitar no Reino Celestial, se tornando um Deus.
Isso também é algo muito polêmico sobre a igreja que ensina que podemos nos tornar Deuses como Deus é. Muitos líderes de outras igrejas não apoiam isso, porque na Bíblia ensina que só existe um Deus. Claro que toda igreja promete muitas bençãos e virtudes para aqueles que seguirem-a. E a igreja Mórmon não é diferente. Mas ensinar que os membros ativos, dizimistas que forem dignos, Se guardarem os mandamentos irão herdar o Reino Celestial, tornando-se Deuses, realmente é demais. Esse é o meu relato sobre a igreja. Obrigado pela atenção. Tchau.


Minha Resposta:


Eu conheci e conversei certa vez com seu pai. Infelizmente, ele é tudo isso que você escreveu. Pessoas assim passam por cima de tudo, até mesmo de suas famílias, para sustentar suas convicções e crenças. Continue lendo o meu blog. Caso haja alguma dúvida em particular, conversaremos mais sobre o assunto. E viva a sua vida, com suas convicções e não deixe nunca ninguém colocar nada na sua mente sem a sua permissão. Estamos no mesmo barco. Saímos da ilha mormonismo. Alguns dos que saíram, estão à deriva. Outros não. Aqueles que conseguiram chegar num porto seguro de estabilidade emocional têm a obrigação de ajudar os que estão à deriva.- Abraços!!!

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