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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

INCOERÊNCIAS NO LIVRO DE MÓRMON


A produção dos textos nas supostas placas escritas por Néfi no início do Livro de Mórmon é um tanto perturbadora, pois segundo suas palavras, é (...) “um registro na língua de meu pai, que consiste no conhecimento dos judeus e na língua dos egípcios” (1 Néfi 1:2).  É perturbadora, porque segundo Néfi, a língua do seu pai é egípcia. Entretanto, alguns versículos depois, ele afirma que seu pai morou todos os seus dias em Jerusalém (1 Néfi 4).
É estranho uma pessoa morar a vida toda num lugar e escrever registros numa língua estrangeira, que segundo a tradição histórica dos judeus, era considerada pagã. De acordo com os descendentes de Abraão pela linhagem de Jacó (Casa de Israel), os egípcios eram um povo pagão, que adorava ídolos e outros deuses. 
Deus os tinha livrado do jugo do cativeiro egípcio após permanecerem naquele país por cerca de 400 anos. Não deixaram para trás, nem os restos mortais de Jacó, por considerarem que o local era profano e impuro.
Agora voltemos aos escritos de Néfi, com relação às placas de metal (ouro) serem grafadas com hieróglifos egípcios. Mais uma vez, não tem nenhum sentido. Os judeus e descendentes de Jacó falavam hebraico, não egípcio. Leí, por morar a sua vida toda em Jerusalém, com certeza, deveria falar hebraico.
Quando saíram de Jerusalém, alguns da família de Leí tiveram que retornar para buscar as placas de latão que estavam em poder de um homem chamado Labão. Um dos propósitos dessa busca era justamente preservar "a linguagem dos seus pais" (1 Néfi 3:19). Qual linguagem? Egípcio ou hebraico?
Não existe absolutamente nada descoberto até os dias de hoje, que comprove escritos egípcios e nem tampouco hebraico, achados nos resquícios dos povos pré-colombianos nas Américas.
Isso é perturbador! Com certeza há algo errado. Uma clara demonstração de que o autor do livro de Mórmon estava completamente confuso e equivocado quanto às línguas antigas. No livro de Jacó 7:27 a última frase na versão em inglês diz: “Irmãos, adieu”. A última palavra significa “adeus” em francês. Uma língua que nem existia na época de Leí e as placas de latão. O francês é uma língua que se originou a partir do Latim falado no Império Romano, tal qual o italiano, o português e o espanhol.
No livro de Mosias 1: 3-4 lemos que Leí precisava das placas de latão, porque elas continham instruções detalhadas dos cinco livros de Moisés, mas o texto não explica como isso ocorreu na língua pagã egípcia. De acordo com o texto destes versículos:


“E ele também os ensinou sobre os registros que estavam gravados nas placas de latão, dizendo: Meus filhos, quisera que vos lembrásseis de que, se não fosse por estas placas que contêm estes registros e estes mandamentos, teríamos permanecido em ignorância até o presente, não conhecendo os mistérios de Deus. Porque não teria sido possível a nosso pai, Leí, lembrar-se de todas estas coisas para ensiná-las a seus filhos, se não fosse pelo auxílio destas placas; pois tendo ele sido instruído no idioma dos egípcios podia, portanto, ler estas gravações e ensiná-las a seus filhos, para que assim eles pudessem ensiná-las a seus filhos, cumprindo desta forma os mandamentos de Deus até o presente”.


De acordo com o texto do livro de Mosias, os registros encontrados nas placas de latão eram escritos em egípcio. Essas placas de latão “continham ‘os cinco livros de Moisés (…) e também o registro dos judeus, desde o princípio até o começo do reinado de Zedequias, rei de Judá; e também as profecias dos santos profetas’” . Dessa forma, as placas de latão teriam sido o que se poderia considerar a Bíblia judaica (o Tanakh) até aquele ponto no tempo.
Historicamente, e dentro de uma razoabilidade aceitável, a linguagem original dos escritos judeus,  incluindo os textos inclusos das placas de latão, teriam sido predominantemente feitos em hebraico. Teria sido um processo enorme de tradução do hebraico para o egípcio, e depois gravá-los em placas de metal num único livro. Isso não faz nenhum sentido.
Mais uma vez, é perturbador.


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