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terça-feira, 6 de setembro de 2011

TENTATIVA DE CRESCIMENTO BASEADO EM EXPORTAÇÕES!


Não faz muitos anos, o rumo de crescimento do mormonismo mudou. Pela primeira vez na história, existem mais membros Mórmons fora dos Estados Unidos. Existem mais de 130 traduções do Livro de Mórmon, refletindo assim, um esforço de exportação global da doutrina para tocar em novos mercados. Tentando se consolidarem em países menos saturados.
Os custos iniciais variáveis para essa estratégia de exportação são enormes para os cofres da Igreja. Envolve muitas pessoas e tecnologia para a tradução e impressão de material em línguas que são faladas por poucos milhões de pessoas no planeta. É o preço de querer ser uma igreja de limites geográficos internacionais.
Assim, a pergunta principal nos lábios de qualquer economista é a seguinte: “pode a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias recuperar seus investimentos?” Ou ainda: “Essa estratégia de exportação doutrinária vai ser rentável o suficiente para os cofres da Igreja”?
A rentabilidade não é um efeito espiritual insosso ou sem sabor. Ela vem através da doação de dízimos, um imposto eclesiástico de 10% sobre os rendimentos dos membros descartáveis. Apesar da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ter atualmente mais membros fora dos Estados Unidos existe um problemão para a liderança da organização eclesiástica resolver.
Dos quase 6 bilhões de dólares de arrecadação do dízimo anual da organização eclesiástica, 94% vêm diretamente dos bolsos dos americanos, principalmente dos moradores do Estado de Utah! O dinheiro não entra nos cofres da Igreja no mesmo fluxo. Isso devido os membros estrangeiros serem muito pobres, em relação aos membros americanos. Fora isso, ainda há outro agravante. Muitos países impõem restrições à remessa de dinheiro para o exterior.
Não será em curto prazo que os membros de diversos países, principalmente países em desenvolvimento trarão sabor em forma de rentabilidade, à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Em outras palavras, a árvore-mãe não pode se dar ao luxo de obter os frutos desejáveis no exterior. Muito mais agora que essa mesma árvore continua sendo escavada em sua própria casa. A inundação de informações disponibilizadas contra o mormonismo na mídia americana exige mais e mais de sua liderança. Eles precisam nutrir a árvore. Mas os adubos e fertilizantes tradicionais não surtem mais o efeito desejado. É fato que o mormonismo não encanta mais, nem aos americanos, nem às pessoas de fora dos Estados Unidos. Os números dessa estatística podem inclusive serem analisados por qualquer leigo.
A liderança da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias deve, portanto, se perguntar: “Em face da extremamente desigualdade de distribuição de lucros e perdas, seria viável continuarmos a empurrar para o exterior, publicações, serviços de traduções, missionários e a construções de edifícios objetivando um pretenso crescimento liderado por exportações doutrinárias”?
Há ainda ricas oportunidades não exploradas em várias regiões da América do Norte. O mormonismo tem ainda muito trabalho dentro dos Estados Unidos, por exemplo: Como achar um meio para quebrar a fortaleza da Igreja Batista do Sul? A fortaleza evangélica no Centro-Oeste? E no vizinho México? Como transpor a força quase unânime da Igreja Católica Romana?
Se não fosse a constante injeção de dinheiro através das empresas que fazem parte do conglomerado Mórmon, a liderança já teria tomado a decisão de ficarem somente nos Estados Unidos e em outros poucos países. Se a política mudar, e acabarem esses aportes financeiros a fundo perdido, num longo prazo, os Ramos e Alas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no exterior tenderão serem mais independentes financeiramente, porque essas unidades não podem mais depender exclusivamente de financiamento da matriz. Este é um passo para a descentralização do poder que hoje está concentrado em Salt Lake City. Algo muito perigoso, em se tratando de uma instituição religiosa, pois convida as unidades estabelecidas para rebeldias e dissidências independentes. Mas essa não seria uma consequência inevitável da globalização da Igreja? Seria como a colheita, por uma semeadura ousada, feita em tempos de ignorância. Mal planejada, sem nenhuma orientação “divina”, como se propuseram os líderes que antecederam o atual “profeta”. Num futuro não muito distante poderemos ter várias Igrejas de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mais ainda, do que as 200 e tantas facções e grupos organizados já existentes.
Podemos deduzir que não há realmente futuro no mormonismo.

Texto adaptado a partir do conteúdo:



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2 comentários:

  1. Essa estória que a igreja mórmon no Brasil não é auto-suficiente, conforme afirmam a liderança mórmon, não me convence. Vamos analisar: uma simples ala, com uma capela construída. A igreja tem isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em todas as prefeituras do Brasil. As arrecadações de doações de dízimos e ofertas daria para cobrir despesas como: contas de luz e água e telefone (partindo do pressuposto que a capela é aberta geralmente nos sábados e domingos) - são contas de baixo custo.
    Eventualmente existem ajudas para membros necessitados (alimentos, pagamento de contas água e luz, remédios, consultas médicas, etc). Todas essas despesas são perfeitamente administradas.
    Minha opinião: os remanejos financeiros da igreja mórmon pode ser comparado por exemplo com o jogo de bicho (só lembrando que o jogo de bicho é uma contravenção penal), mas queo apenas usar o exemplo de remanejo dos bicheiros como administração que dá certo. Quando alguém ganha uma quantia grande em dinheiro no jogo do bicho, se o banqueiro (bicheiro) não possui recursos suficientes, existe uma solidariedade, e os demais bicheiros repassam o recurso (dinheiro) para ajudar aquele bicheiro em dificuldade.
    Da mesma forma, as alas e ramos deveriam se ajudar mutuamente caso ocorresse algum imprevisto financeiro.
    Por isso, a igreja mórmon não é totalmente dependente dos EUA, se for bem administrada pelas receitas que entram nas alas e ramos todas as semanas.
    Igrejas menores em aportes financeiros conseguem ter no Brasil: faculdades, creches, universidades, clínicas de recuperação, hospitais, programas sociais que funcionam, etc
    É uma enorme desculpa da igreja mórmon dizer que não é auto-suficiente, sem mostrar balancetes sem justificar o porque dessa alegação.

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  2. Edson!

    Também acredito que a Igreja Mórmon do Brasil não é dependente dos Estados Unidos. Eu mesmo, depositava valores bem superiores às despesas da minha antiga Ala. Só a Ala Curitibanos trazia receitas para pagar vários funcionários da Igreja. E olha que a Ala Curitibanos é uma Ala pequena. Se contarmos as outras Alas bem maiores que existem no Brasil, deve dar para encher os cofres semanalmente.

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