Eram
duas horas da manhã, quando Dennis Higley, pertencente à sexta geração de Mórmons,
estava se aproximando de uma descoberta que iria destruir suas ilusões de uma
vida inteira.
Sua
esposa, Rauni, havia-lhe dito que já não podia mais continuar como membro da
Igreja Mórmon (Santos dos Últimos Dias - SUD) por causa das contradições e
outros problemas que ela havia descoberto nos ensinos desta Igreja. Eles haviam
praticamente deixado de se falar por causas das tensões. Foi quando Dennis
finalmente concordou em adquirir todos os livros importantes sobre a doutrina e
a história da Igreja, sentar-se com a esposa, e ler, dentro de todo o contexto,
cada um dos ensinos problemáticos.
Finalmente,
depois de muito exame, Dennis levantou-se, fechou abruptamente todos os livros
e falou: "para mim, basta!".
“Foi naquela noite que a bolha do
Mormonismo em que eu estivera encerrado explodiu... Aquela noite foi o início
dos meus estudos profundos da história e doutrina dos Mórmons - itens dos quais
a minha Igreja jamais havia me falado”.
Aquele
momento chave chegou em 1982. Desde então, apesar da perseguição devastadora
que lhes custou o negócio, depois que eles deixaram a Igreja (...), trabalham
sob os auspícios da HIS (He is Savior - Ele é o Salvador), nos subúrbios de
Salt Lake City, onde eles estão compartilhando o Cristo do Cristianismo
histórico com os que foram apanhados no labirinto do Mormonismo, auxiliando,
também, os companheiros cristãos.
Rauni
Higley converteu-se ao Mormonismo em sua terra natal, a Finlândia, em 1963. Ela
era uma Luterana nominal e ficou impressionada com a amizade e o calor
demonstrados pelos missionários e membros da Igreja Mórmon.
“Eu era completamente ignorante da Bíblia,
não sabendo realmente quem é Deus e quem é Jesus. Então foi muito fácil para os
Mórmons me convencerem de que estavam me trazendo a verdadeira mensagem bíblica”.
Ela
aceitou sua nova fé com um entusiasmo que não passou despercebido aos líderes Mórmons.
Em menos de uno ela foi chamada a servir numa "missão de 18 meses", em tempo integral, na Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Foi nesse tempo que ela conheceu
Dennis, natural de Idaho, o qual também estava servindo na Finlândia.
As
primeiras indagações sobre a nova fé de Rauni apareceram durante a sua primeira
visita ao templo da igreja SUD, numa cidadezinha perto de Berna, Suíça. Foi lá
que lhe apresentaram as ordenanças secretas exigidas no Mormonismo, desde a
entrada até o mais alto nível, na sala celestial.
“Foi um choque. Na preparação para a
experiência no templo Mórmon era dito como seria bela e maravilhosa essa
experiência, e como a gente vai atingindo um maior conhecimento de Deus... Bem,
quando adentrei o templo, nada disso experimentei”.
Pediram-lhe
para despir toda a roupa, enquanto um "escudo"
foi colocado sobre o seu corpo.
Em
seguida ela foi cerimonialmente "lavada
e ungida" por uma oficiante do templo. Foi-lhe dado um novo nome e uma roupa
íntima que ela deveria usar 24 horas por dia, pelo resto da vida. Porém, mais
alarmante ainda eram os apertos de mão secretos, acompanhados de imprecações
secretas em forma de sinais, os quais incluíam um leve roçar do polegar sobre a
garganta. Os sinais significavam como a vida pode ser tirada se os apertos de
mão forem revelados a alguém fora do templo.
“Eu não conseguia imaginar como um
Deus amoroso poderia manter um aperto de mão tão secreto, que se eu fosse
contar a alguém seria morta da maneira mostrada no templo”.
Mais
tarde ela aprenderia que aquelas e outras cerimônias do templo eram idênticas
às da Maçonaria e das religiões ocultistas.
Rauni
também não entendia como as cerimônias realizadas naquele mesmo dia "por e em favor de" sua mãe e
sua avó, ambas falecidas poderiam ser idênticas àquelas feitas pelos vivos.
Elas (as mortas), com efeito, estavam jurando que suas vidas seriam tiradas se
revelassem os apertos de mão. Ambas também foram "lavadas e ungidas" através de uma substituição (uma
pessoa viva se fazia passar pelas falecidas), para gozarem de boa saúde, terem
filhos e povoar a terra. E Rauni, como sua substituta, tinha de hipotecar todas
as suas possessões à Igreja SUD.
“Eu estava pensando: isto realmente
não se aplica aos mortos, mas somente aos vivos. Mesmo assim mais de 90% do
serviço diário no templo é feito pelos mortos”.
Aos
membros Mórmons não é permitido discutir as cerimônias fora do templo e não há
como fazê-lo, enquanto as cerimônias são realizadas. Desse modo, Rauni não
podia falar do assunto com os demais. Ela achava que com o passar do tempo iria
encontrar as respostas às suas cruciantes indagações, mas essas respostas
jamais chegaram. Depois de sua missão, Rauni se mudou para Salt Lake City, onde
começou a trabalhar como tradutora para a igreja SUD, posição que ela ocuparia
durante 14 anos. Enquanto isso, Dennis regressou de sua missão na Finlândia e
se casaram no templo.
Uma
das tarefas de Rauni foi traduzir as cerimônias do templo para o Finlandês,
coisa que ela imaginava que fosse ajudá-la a compreender melhor as cerimônias.
Para
uma tradução correta é importante que se conheça a significação exata de cada
frase.
Mas,
enquanto ela trabalhava no projeto, outro tradutor lhe contou que o próprio
presidente da Igreja, quando indagado sobre as cerimônias da Igreja, havia
admitido que nem tudo estava claro para ele.
“Porque você precisa entender em sua
língua muito melhor do que o fazemos no Inglês?”
Outras
dúvidas que surgiram mereceram respostas idênticas dos líderes da Igreja SUD.
Eles sempre respondiam:
“Traduza como está!”
Mas
Rauni achava que "aí é que estava o
problema, pois as palavras tinham de fazer sentido. Se não faziam, o que
estavam ensinando?”
Foram
tempos de muita frustração. Mais tarde outras dúvidas foram surgindo, quanto às
referências históricas, a fim de assegurar exatidão na tradução.
“Isso me abriu os olhos para o fato de
que o Mormonismo evoluíra e fora bem diferente no passado, e isso me fez
começar a ler mais e mais material do que a média disponível aos membros. E
além de outras coisas descobri: Contradições alarmantes com referência aos
acontecimentos primordiais na vida de Joseph Smith, antes dele fundar a Igreja
SUD, em 1830. Descobri fatos históricos e arqueológicos, os quais questionavam a
veracidade do Livro de Mórmon. Profecias não cumpridas, às quais, conforme
Deuteronômio 18:20-22, significavam que Joseph Smith não passava de um falso
profeta. Contradições entre os ensinos atuais da SUD, os antigos escritos da
Igreja e as próprias escrituras Mórmons”.
Com
o passar dos anos em que Rauni continuou satisfazendo as expectativas dos
membros da Igreja SUD, ela e Dennis cresceram juntos em posições de liderança
dentro da Igreja. Dennis eventualmente fora nomeado membro do Sumo Conselho da
Estaca, em que junto com a Presidência da Estaca, tinha autoridade sobre cerca
de 6 a 8 Alas.
Enquanto
isso, Rauni continuava a descobrir mais coisas. Em 1982 ela finalmente disse ao
marido que não podia mais participar da Igreja SUD. A princípio Dennis ficou
furioso, lançando lhe apenas um olhar de repreensão. E lhe respondeu: "Ainda não sabemos o suficiente a esse
respeito. Dê outra desculpa". Ele simplesmente deixou as coisas em
banho-maria, enquanto Rauni insistia em lhe apresentar as contradições e
diferenças, a ponto de deixarem de falar um com o outro.
Ao
bispo da igreja local, Dennis pediu que falasse com ela, mas ele também
ignorava quase tudo.
“Você sabe como é. Seu marido tem
estado no Concelho durante anos, e quando se faz o trabalho da Igreja e nele se
está ativo, não se tem tempo de estudar o passado”.
Rauni
disse que esse era exatamente o caso. Ela falou: "Posso ver que a razão da membresia estar sempre ocupada é para
que não tenha tempo de descobrir coisas. Se temos qualquer momento livre logo
nos mandam para o templo, a fim de trabalhar pelos mortos".
Foi
então que Dennis encontrou tempo para reunir o material e conferir as
informações por si mesmo. Quando se convenceu de que a Igreja SUD estava em
grave erro, sua primeira reação foi de ódio.
“Eu não queria ter mais nada com a organização
da Igreja. Achei que havia sido vítima de uma brincadeira de mau gosto, e que
em algum lugar alguém deveria estar rindo às minhas custas, durante os 40 anos
em que fora um Mórmon fiel e ativo”. (...)
E
maio de 1983, após Dennis ter pesquisado durante um ano, ele e a esposa
enviaram uma carta à Igreja SUD, solicitando remoção dos seus nomes da
membresia. Porém, quando seus nomes foram citados numa reunião dos sumo sacerdotes
da Estaca, como tendo sido excomungados, sem razão alguma começaram a circular
rumores sobre possíveis pecados graves por eles cometidos.
Os
Higleys acharam que a melhor aproximação seria escrever uma carta aos parentes
e amigos da Igreja SUD, explicando a razão de haverem saído. Na carta afirmavam
que se estivessem errados em tudo o que haviam descoberto, de bom grado
aceitariam a correção. Não houve resposta.
A
carta e sua saída causaram tais transtornos à liderança local da Igreja, que o
negócio de varejo dos Higleys foi boicotado. Finalmente eles se viram forçados
a se mudar para um subúrbio de Salt Lake City, porém não antes que o seu
testemunho desencadeasse um avivamento.
Filiaram-se
à Primeira Igreja Batista de Vernal, Utah, uma pequena congregação de apenas 70
membros, que acabara de admitir um novo pastor, com uma nova visão de como
alcançar a comunidade. A combinação guiada pelo movimento soberano de Deus
resultou nos membros da igreja se mobilizando e conseguindo levar 450 membros Mórmons
ao Cristo da Bíblia, em apenas 5 anos.
Por
causa de sua dramática história, os Higleys eram solicitados a falar a grupos
cristãos e também adaptaram um curso sobre Mormonismo, o qual haviam antes
ensinado em Vernal, num seminário para fins de semana. (...)
“Sair do Mormonismo é muito difícil”,
disse Dennis, “porque há muitos estágios
que precisam ser sobrepujados”. Com indivíduos como ele próprio, que jamais
havia conhecido coisa alguma além do Mormonismo, é particularmente difícil. O
hectavô de Dennis havia se filiado à Igreja por ocasião de sua fundação, em
1830.
“Quando você é doutrinado desde
criança a crer que esta é a única igreja verdadeira, crendo ser esta a vontade
de Deus para a sua vida, é quase impossível questionar qualquer coisa. Mesmo
porque jamais pode entrar em sua cabeça que ela possa estar errada. Depois de
se convencer de que o Mormonismo é falso, as pessoas ainda têm de provar que a
Bíblia é verdadeira. Aos Mórmons é ensinado que a Bíblia não é um livro confiável.
Eles trabalham para distratar a Palavra de Deus. Então, o passo mais difícil é
fazer acreditar que a Bíblia é realmente confiável, que ela é a Palavra de Deus
e que existe um relacionamento compensador com Cristo que eles podem
experimentar. Mas esse é um processo muito longo”.
Nos
seminários cristãos os Higleys têm dado uma visão geral sobre as crenças Mórmons,
esclarecendo as significações diferentes que os Mórmons assumem em relação aos
termos do Cristianismo. Eles oferecem um pano de fundo básico sobre aquilo em
que os Mórmons creem:
"Que eles têm um Deus diferente,
um Jesus diferente, um Espírito Santo diferente e um plano de salvação
diferente. Estes são os tópicos fundamentais que os Cristãos devem
conhecer":
Rauni
afirma que as pessoas testemunham aos Mórmons, porém não esclarecem as
diferenças. "Se você chega a um Mórmon
e lhe fala de Jesus Cristo, ele na certa vai dizer: eu creio em Jesus Cristo,
também sou cristão". (...) Quando se fala com os Mórmons a melhor
maneira de aproximação é pedir-lhes simplesmente para explicar o conceito de
Deus e de Jesus. Então as diferenças podem ser mostradas na Bíblia e o Mórmon
poderá decidir se vai crer na SUD ou na Bíblia. (...)
Artigo
de James Dobson, do jornal "The Evangel", edição de março/abril, 1998
Tradução
de Mary Schultze, Sean
Murphy
Disponível
em: http://www.centralmormon.110mb.com/testdennis.htm
Inacreditável, mais uma história impressionante no mormonismo.Agora compreendo por quê a igreja insiste tanto para que seus membros leiam o livro de mórmom todos os dias, isso funciona como uma "lavagem cerebral",assim os membros não tem tempo para raciocinar, nem questionar nada, apenas obedecer cegamente, é como se fossem uma espécie de marionette, É realmente um delírio da mente humana o que acontece no mormonismo, pois as pessoas não conseguem ver absolutamtne nada à sua volta, é como uma droga alucinógena, sem falar nas contradições que chega à beira da loucura, entre o mormonismo e a Bíblia! Esses líderes tem-se tornado verdadeiros "deuses" neste mundo, pois sempre terão seus "fiéis seguidores" aos seus pés, que lhes dão uma vida arregalada aqui na terra, a chamada glória do mundo mencionada na bíblia.
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