Bom, eu não sei como começar a escrever minha história. Na verdade, eu quero falar aqui, para os leitores, porque eu saí da seita Mórmon. A verdade é essa: Tudo começou quando eu fui conversar com o bispo da minha Ala sobre um assunto pessoal. Não queria que todos os membros soubessem da minha história. Nessa conversa, eu acabei sabendo, praticamente, o que se passava com todos os demais membros. O bispo me falou muito. Isso me deixou muito magoada!
Após essa conversa, eu fui numa psicóloga. Falei para ela que eu gostava da maneira como a doutrina da religião era ensinada no mormonismo, mas que eu não queria viver o que eles falavam. Eu ia para igreja para não magoar a minha mãe e o meu irmão. Então minha psicóloga me falou: “Não te enganes. Você nasceu nessa igreja. Portanto, apenas reproduz mecanicamente o que eles ensinam. Faça as coisas por você mesma, para agradar você mesma. Não para agradar os seus familiares.” Então, eu fiz isso: Saí de lá por mim mesma.
Quando eles (os membros) vieram me procurar para saber o porquê de eu não ir mais à Igreja. Perguntaram-me, se era por causa da castidade. Eu fiquei sem reação. Falei-lhes que não era.
Desde os meus três anos de idade que pertenço a essa seita. Agora eu tenho vinte anos de idade. Consequentemente, eu fiquei até os vinte anos. Eu não me arrependo de ter saído de lá. Hoje sou uma pessoa traumatizada. Faço tratamentos de terapia com uma psicóloga, por não saber, exatamente, quem eu sou. Por muito tempo eu agradei a todos. Mas não a mim mesma. Hoje, eu procuro me agradar mais. E também, eu procuro me soltar mais conforme eu me conheço mais. O mormonismo me fez muito mal.
Extraído de um depoimento na Comunidade de Apoio a Ex-Mórmons do Facebook 2017. A opção do anonimato é do autor do blog.
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