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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MENINOS MISSIONÁRIOS!



Quero escrever hoje, sobre o atual serviço missionário realizado pela Igreja Mórmon! Cada vez mais, percebo a dificuldade da instituição religiosa em executar seu trabalho de proselitismo. Por isso, estão mandando para a missão (local onde é executado o trabalho de proselitismo, que consiste em achar pessoas e convencê-las a se batizarem e seguirem o mormonismo) jovens mais novos do que costumeiramente. Agora eles têm cerca de 18 anos de idade. Muitos destes jovens nem terminaram seus estudos do ensino médio. Muitos destes jovens, nunca leram a bíblia ou o próprio Livro de Mórmon (escritura sagrada aceita no mundo Mórmon). Muitos destes jovens não conseguem nem interpretar um texto, quanto mais conseguir convencer uma pessoa do significado real de qualquer escritura.

Para os membros da Igreja, aqueles que estão todos os domingos nas reuniões, isto é completamente normal. Se o “profeta” pediu, então deve ser uma ordem do “alto”, oriunda de Deus. Só que para os mais inteligentes e aqueles que não estão com suas convicções não muito fundamentadas na doutrina Mórmon, essa prática soa com outro significado.

Eu mesmo questiono essa prática! Ouso em afirmar que essa alteração na idade dos jovens para servirem uma missão de tempo integral, é na verdade, uma estratégia desesperada dos líderes da Igreja para manterem uma certa consistência no número de missionários que cai vertiginosamente nas últimas décadas. Tempos atrás escrevi uma postagem sobre isso: http://sobreomormonismo.blogspot.com/2011/08/o-declinio-sistemico-lembram-dessa.html

Na minha cidade de Curitibanos, alguns jovens que praticamente vi nascer, estão saindo para suas missões de tempo integral com 18 anos de idade. É uma pena tudo isso que vemos no mormonismo. As crianças são “treinadas” desde o berçário para adequarem-se às regras dos Santos dos Últimos Dias.

Muitos destes rapazes não têm nenhum conhecimento do mundo fora da esfera geográfica de suas cidades. São na maioria, pessoas simples e humildes. Para eles tudo será novidade. Alguns se adaptam e outros não conseguem essa proeza.
Durante a missão, muitas vezes, encontrarão adversidades. A falta de alimentos e as doenças virais lhes farão companhia nesse tempo todo em que se embrenharão por lugares com total falta de saneamento básico nas periferias das cidades. Outros dissabores ainda conhecerão: como a incompatibilidade de afinidade com o companheiro (a). Esses certamente serão mais do que comuns na vida destes jovens missionários.
Quanto ao serviço em si? Bem, este é um assunto que renderá várias postagens. Por enquanto, apenas direi que trabalharão sob pressão de líderes bem remunerados. Que terão a imagem e semelhança de deuses ou ídolos. Isso é tão verdade, que vejo até os dias de hoje, homens de idade avançada, que permaneceram ativos no mormonismo e que foram missionários quando jovens falarem de seus Presidentes de Missão, como homens especiais, dotados de grande sabedoria e conhecimento. Para um jovem missionário, o presidente da Missão é realmente como um ser supremo, ficando abaixo apenas de Deus, de Joseph Smith e Jesus Cristo, nessa mesma ordem respectivamente.
Como disse anteriormente, a maioria dos jovens está desprovido de conhecimento secular e de entendimento necessário (mesmo sobre a doutrina a que representam), para um bom embate e argumentação. É simplesmente por essa razão que são batizados no mormonismo uma grande quantidade de pessoas ignorantes, semianalfabeta e que não conseguem nem mesmo discernirem o que é certo ou errado. Fé e razão.
Aqui em Curitibanos, muitas vezes percebi que o centro da cidade e as casas de pessoas mais cultas, eram deixadas para um segundo plano, dentro da obra missionária. Imaginem se um missionário vai na minha casa, agora que não sou mais membro da Igreja Mórmon. Ele não me conhece e nem imagina quem eu seja. Então farei muitas perguntas que não poderão me dar uma resposta convincente. Com certeza tentarão me convencer que tudo pode ser respondido através da fé. Eu não posso simplesmente aceitar isso. Ou há racionalidade ou então não posso dar a credibilidade necessária para o que estes jovens falarão.
Por isso mesmo, os missionários não batizam uma grande quantidade de pessoas instruídas academicamente. Mas têm certo sucesso no meio dos iletrados. É mais fácil convencer um ignorante do que uma pessoa pensante.
Ouso em afirmar que o atual serviço missionário da Igreja Mórmon, não trará bons frutos num prazo médio. É o mesmo método empregado em guerras e guerrilhas. Quando faltam os soldados adultos, então se armam as crianças. Só que as crianças não são tão eficientes. Os homens para o trabalho, até que existem. Caso convocados para o serviço missionário, na falência da excessiva diminuição dos resultados dos jovens, não trabalharão de graça para a Igreja, são caros. Serão amparados por legislação trabalhista, pois têm famílias para sustentar. A liderança Mórmon terá que lidar com este problema num futuro não tão distante.

10 comentários:

  1. (Via Facebook)!

    Edson Lazarini

    Escreverei o que passei em minha vida, não o que me contaram sobre os missionários mórmons. Falo por conhecimento de causa e não porque me contaram, portanto é uma experiência verídica em todos os aspectos. servi missão para a igreja SUD de set 1979 a set 1981- dois anos - no Rio Grande do Sul (missão Brasil Porto Alegre) que incluia também o estado de Santa Catarina. Fiquei uma semana no CTM - centro de treinamento em SP, passei pelo templo mórmon de SP e depois viajei de ônibus juntamente com um grupo de missionários para Porto Alegre. Foi uma viagem extenuante, antes os mórmons exigiam mais sacrifício do que hoje. Viagens de avião somente no retorno da missão. Fiquei por dois anos na missão, passando por todos os tipos de privacidade, dificuldades, frio, fome, sol,falta de dinheiro, aguentar companheiros chatos, principalmente americanos com nariz empinado. O presidente da missão era o sr. Walter Queiroz, uma pessoa muito legal, mas muito exigente - queria que os missionários batizassem de qualquer maneira. Teve o lado positivo dessa missão, fiz muitas amizades, muitas delas ainda conservo até hoje depois de muitos anos. O povo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são pessoas maravilhosas e sempre me trataram com muito respeito e sempre retribui esse tratamento. Terminei minha missão com honra e os desafios dessa missão me ajudaram muito, porém, como você escreveu em seu blog, perdi dois anos de recolhimento do INSS e precisarei trabalhar mais dois anos para repor essa perda. A Igreja deveria ter um sistema de INSS para estudantes e não ferrar os brasileiros deixando-os sem recolhimento, como faz até hoje. Muita insensatez e desrespeito aos brasileiros. Hoje pelo que sei os missionários vivem como rei, tem almoço nas casas dos membros, casa alugada, viagens pagas, etc mas ainda o erro persiste: não pagam o INSS.

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  2. Oi, Antonio!

    Já comentei em alguns posts seus, e depois de ler este, estou começando a suspeitar que seu objetivo não é o de contar como alcançou sua convicção de que a Igreja de Jesus Cristo não é verdadeira.
    Você está começando a espalhar mentiras e calúnias sobre a Igreja, como neste último post:

    1 - "Muitos destes jovens nem terminaram seus estudos do ensino médio."
    Aqui na cidade de São Paulo, onde moro, sabemos que nenhum líder está autorizado a enviar missionários ao campo, a menos que ele tenha concluído o Ensino Médio. Os líderes daí devem estar descumprindo essa norma, para a desgraça de seus jovens. Se for o caso, e você realmente está preocupado, você vai ajudar mais indo falar com o Bispo/Pres. de Estaca deste jovem do que postando o fato em um blog para "ex-mórmons".

    2 - "Muitas vezes percebi que o centro da cidade e as casas de pessoas mais cultas, eram deixadas para um segundo plano, dentro da obra missionária."
    Nós já fomos missionários, e sabemos o quão difícil é uma família mais abastada permitir que entremos em suas casas. Trabalhei 2x/semana, por 3 meses no bairro Jd. Aeroporto, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. Batemos ruas inteiras lá. Conseguimos 1 telefone, uma conversa de 5 minutos de portão, e algumas referências de famílias que nunca 'puderam nos receber'. No mesmo período batizamos 10 pessoas que moravam na V. Babilônia, região carente próxima do Jd. Aeroporto.
    Agora te pergunto: O problema é preconceito? E se for, o preconceito parte do lado de dentro ou do lado de fora do portão?

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    1. D&C 4 diz que é o desejo de servir, entre outros atributos, que qualifica uma pessoa para trabalhar para Deus. O Senhor Jesus Cristo não perguntou a Pedro, Tiago, João e demais apóstolos se tinham estudado na escola dos escribas...se eram peritos no Pentateuco...se eram eruditos...Moisés não fez nenhum curso de oratória...e independente se uma pessoa é graduada ou não...o que importa na verdade pra Deus é a dignidade e o desejo de realizar coisas boas. Mat.19:29 > E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por AMOR do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.
      Vi missionários sem muita instrução secular fazerem prodígios, maravilhas, milagres, assim como presenciei missionários com elevado grau de instrução (Inclusive em Havard) não obterem tanto sucesso enquanto confiavam em seu próprio braço e conhecimento. Somente após buscarem humildemente a Deus foi que alcançaram êxito.
      Popinhaki, tive a oportunidade de ensinar advogados, juízes, médicos, prefeitos, empresários, altos executivos, professores acadêmicos. A grande barreira, para alguns, estava relacionada muito mais no social, nos vícios (drogas lícitas e ilícitas, promiscuidade, etc), do que na questão de ser ou não eloquente e persuasivo. Alguns foram batizados outros não...boa parte está ativa, outros não...uns tem fé e continuam...outros caem e não tem forças pra voltar ou não querem largar o pecado, outros caem na incredulidade...a história sempre foi assim...
      Popinhaki, o que você quer fazer é secularizar o evangelho...acredito que se vc fundasse uma igreja...o pré-requisito para o batismo seria apresentar um diploma de graduação...olhe lá...talvez só aceitaria de pós - graduação...teus comentários não escondem isso.

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  3. Jonas Viotto!

    Em resposta ao seu comentário, tenho a dizer somente que se aí em São Paulo os rapazes só saem em missão depois de concluirem o Ensino Médio é uma novidade para mim. Durante todo o meu tempo de Igreja, nunca recebi tal treinamento ou orientação.

    Quanto ao trabalho de proselitismo em bairros mais requintados, lembro-lhe que vale o que está no texto. Os missionários não são preparados suficientemente para argumentar com um advogado, por exemplo.

    São jovens demais e muitos não tem conhecimento nem do que estão fazendo na missão.

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  4. Antonio,

    Pelo que percebi, as coisas no seu tempo e na sua região eram bem diferentes.

    Conheci Élderes com apenas o Ensino Médio muito mais inteligentes e firmes que eu, com meu Bacharelado em Desenho Industrial. Grau de escolaridade não é sinônimo de inteligência. Acho que você está utilizando de estereótipos.

    Quanto aos mais abastados, a verdade é que eles dificilmente recebem os missionários por dois motivos:
    1 - Por segurança, pois qualquer golpista/bandido pode vestir uma camisa branca e pôr uma plaqueta preta no peito, querendo entrar na sua casa;
    2 - Têm menos interesse em religião.

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  5. Jonas moro em SP, era da ala Vila Sônia (estaca do templo) por um tempo quis ir para missão, alias convenci meu namorado a ir também e não me lembro de sequer terem perguntado a ele se ele havia terminado os estudos. Não é só ele tenho um amigo que fez missão que terminou o ensino médio depois que voltou.
    Se isso não é permitido, é muito estranho que não tenha nenhum modo de fiscalizar isso pela própria igreja.

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  6. D&C 4 diz que é o desejo de servir, entre outros atributos, que qualifica uma pessoa para trabalhar para Deus. O Senhor Jesus Cristo não perguntou a Pedro, Tiago, João e demais apóstolos se tinham estudado na escola dos escribas...se eram peritos no Pentateuco...se eram eruditos...Moisés não fez nenhum curso de oratória...e independente se uma pessoa é graduada ou não...o que importa na verdade pra Deus é a dignidade e o desejo de realizar coisas boas. Mat.19:29 > E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por AMOR do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.
    Vi missionários sem muita instrução secular fazerem prodígios, maravilhas, milagres, assim como presenciei missionários com elevado grau de instrução (Inclusive em Havard) não obterem tanto sucesso enquanto confiavam em seu próprio braço e conhecimento. Somente após buscarem humildemente a Deus foi que alcançaram êxito.
    Popinhaki, tive a oportunidade de ensinar advogados, juízes, médicos, prefeitos, empresários, altos executivos, professores acadêmicos. A grande barreira, para alguns, estava relacionada muito mais no social, nos vícios (drogas lícitas e ilícitas, promiscuidade, etc), do que na questão de ser ou não eloquente e persuasivo. Alguns foram batizados outros não...boa parte está ativa, outros não...uns tem fé e continuam...outros caem e não tem forças pra voltar ou não querem largar o pecado, outros caem na incredulidade...a história sempre foi assim...
    Popinhaki, o que você quer fazer é secularizar o evangelho...acredito que se vc fundasse uma igreja...o pré-requisito para o batismo seria apresentar um diploma de graduação...olhe lá...talvez só aceitaria de pós - graduação...teus comentários não escondem isso.

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    1. Existe uma comunidade no Orkut chamada Mormon Thought. Lá fica evidente que os membros mais radicais querem sim escolher melhor as pessoas para serem batizadas no mormonismo. Essa de escolher pessoas é típico de mórmon.

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    2. Popinhaki,
      Vc não parece ser uma pessoa coerente, usa de evasivas e nunca concorda, nunca "dá o braço a torcer", mesmo quando está claro de forma indubitável que estás equivocado. O único radical que vejo aqui é vc...sem chão, sem céu, todo secularizado... Esse teu post tem origem na empáfia, chega a tratar com desdém quem não tem uma educação secular formal...mas tua única defesa é atacar...usando os possíveis erros dos outros pra justificar os próprios...assim fica claro teu perfil psicológico...os traços do teu caráter e de tua personalidade...

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  7. Fui obrigada para a missão e me arrependo até hoje, mas que bom que saí em tempo!

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