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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

NÃO HÁ PROVAS

Texto de Antonio Carlos Popinhaki


As primeiras mensagens que eu escrevi, depois que abandonei o mormonismo, foram relacionadas ao Livro de Mórmon e suas falhas, sobre os erros descobertos após a publicação da sua primeira edição de 1830, e também, a falta de provas contundentes quanto ao contexto histórico, antropológico e literário. Nos últimos anos, com a ascensão da “internet” e a difusão do conhecimento, apareceram membros da Igreja Mórmon Brighamita que admitem que não há a geografia descrita no Livro de Mórmon. Definitivamente! Nunca foram encontradas evidências, em nenhum lugar, nas Américas, que pudesse comprovar a existência das cidades mencionadas, dos escritos em caracteres denominados “egípcio reformado” em placas de ouro ou outro metal, nem tampouco, foram encontradas moedas ou resquícios de metais fundidos, que datasse a era pré-colombiana.

 Milhões de ex-Mórmons sabem atualmente disso. Não há tal coisa, como a geografia do Livro de Mórmon. Bem ao contrário da geografia da Bíblia. Qualquer pessoa pode ir para o Oriente-Médio e encontrar Jerusalém, Belém e Jericó. Ninguém consegue encontrar uma única cidade descrita no Livro de Mórmon. Nem há mapas que possam nos levar até as suas ruínas.

O que me chama a atenção é o fato de que a liderança da igreja, especificamente, os membros dos Quóruns dos Setenta, Doze Apóstolos e a própria Presidência, em época alguma, desde a fundação do movimento inicial por Joseph Smith Júnior, não puderam fornecer detalhes que levasse qualquer pessoa à confirmação da existência dessas cidades ou mapas.

Mas o mais importante agora é que muitos membros da Igreja Mórmon estão admitindo a impossibilidade de provas da geografia do Livro de Mórmon. Eu mesmo, se não tivesse saído do mormonismo, com certeza, já estaria afirmando para todos que não há provas.

Essa indiferença e apatia por parte da liderança da igreja levará os membros para que lugar? Todos os sucessores de Joseph Smith Júnior afirmaram que o Livro de Mórmon é uma espécie de “pedra fundamental” para o mormonismo. Se esse livro é verdadeiro, então, segundo esses mesmos homens, a doutrina é verdadeira. Mas se o livro não for verdadeiro, então, consequentemente o oposto será verdadeiro? Qual o sentido para que o deus do mormonismo esconda evidências de comprovação do alicerce da igreja (Livro de Mórmon)?

Em pleno século XXI, onde os meios de comunicação difundem o conhecimento em “nano minutos”, não dá simplesmente para aceitar nada que não tenha comprovação científica.

O interessante é que a liderança da igreja quer que o mundo aceite o Livro de Mórmon como verdadeiro, através de sentimentos como, “calorzinho” ou “dorzinha no peito”, sensações de bem-estar ou calma, mas não admite a existência de uma única prova comprobatória do livro. Tudo leva a crer, que a liderança da igreja é incompetente na tentativa de encontrar e provar ao mundo a obra de Joseph Smith Júnior como divina. Digo isso, pelos expostos gastos vultosos em pesquisas, na busca arqueológica e científica da comprovação pela presidência da organização eclesiástica. Houve até o caso de um homem que enganou toda a cúpula Mórmon vendendo-lhes documentos falsificados como verdadeiros (Mark Hofmann). Quem fez a compra foi nada menos do que Gordon B. Hinckley, membro da primeira presidência da igreja na época.

Apesar de não conseguirem provar a autenticidade divina do mormonismo, a liderança de Utah tenta desesperadamente buscar essas provas, enquanto não consegue, sugere aos membros que uma simples sensação de bem-estar seja o suficiente para a comprovação da autenticação.

Os constantes pronunciamentos, nos principais meios de comunicação, dos membros da liderança nos últimos tempos, deixaram bem evidentes essa ideia. O Apóstolo Mórmon, M. Russell Ballard disse que não há provas científicas de que o Livro de Mórmon seja verdadeiro.

Nas Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City, um jornalista alemão expôs a Gordon B. Hinckley, o antecessor de Thomas S. Monson e presidente da igreja na ocasião, sobre os estudos científicos feitos por renomados geneticistas, com os descendentes de índios americanos, que comprovaram que 99,6% são as chances desses, serem descendentes de povos orientais, e os outros 0,4% são, as chances de serem descendentes de europeus com uma vaga chance de mistura com povos africanos. Indagado sobre o que o suposto profeta tinha a dizer sobre esses estudos, o mesmo respondeu que são “especulações”. Isso mesmo, um jornalista alemão fez a pergunta numa coletiva, o “profeta” Mórmon não sabia o que responder. Então disse que “são especulações”.

Se a própria liderança da Igreja não tem comprovação científica da geografia ou qualquer outra comprovação do livro de Mórmon, nem da maioria das questões levantadas quanto à autenticidade da obra de Joseph Smith Júnior, como querem que as pessoas comprem esse produto? É a mesma coisa que vender sabão que não lava nada. Pensem nisso ao receber os missionários em suas casas.

Um comentário:

  1. O Livro de Mórmon sempre foi uma farsa criada pra manipular e domar os membros da igreja de Joseph Smith

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